O Novo Jornal apurou, junto dos transportadores, que as autoridades congolesas estão, agora, a permitir a entrada no seu território dos camiões que saem do Luvo, no Zaire, com mercadorias exclusivas para a província angolana de Cabinda, que não tem ligação, por estrada, com o resto do País.
Entretanto, estes camionistas continuam a pagar 4.000 dólares de taxa aduaneira para terem acesso à estrada congolesa que os leva a Cabinda.
Segundo a Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola (ATROMA), a maioria dos camiões angolanos tem como destino a cidade de Kinshasa.
A ATROMA salienta que seis camiões angolanos, que estavam de regresso ao País, provenientes de Kinshasa, estão retidos na RDC e os seus motoristas correm ao risco de serem repatriados.
Ao Novo Jornal, afirmam que estão parados nas fronteiras entre os dois países vários camiões com mercadorias diversas.
O Novo Jornal apurou também que o Governo angolano já se movimenta para tomar posição e que o Ministério dos Transportes chamou esta segunda-feira, 28, em Luanda, a associação dos transportadores para um encontro.
O Ministério das Relações Exteriores (MIREX) assegura que acompanha com preocupação a situação e que tem mantido contacto para encontrar solução a nível dos canais diplomáticos.
Importa lembrar que os camionistas angolanos voltaram a estar novamente proibidos, na semana passada, de entrarem no território congolês pelas autoridades do país, que agora exigem visto migratório de entrada, tal como Angola exige há anos aos camionistas congoleses.
A medida das autoridades da RDC surge dias depois de Angola decidir cobrar o mesmo valor da taxa aduaneira (4.000 USD) que os transportadores angolanos pagam na RDC.