De acordo com cálculos dos especialistas do BPI, com base nos dados do BNA, as reservas cobrem aproximadamente 7.8 meses de importações de bens e serviços.
Na nota informativa, os especialistas consideram que o mercado monetário tem-se mantido líquido, reflectindo um posicionamento prudente dos bancos, mas também uma necessidade de manter kwanzas para atender às questões do mercado cambial.
"Muitos bancos continuam a ceder liquidez ao Banco Central via operações de mercado aberto (OMA) com acordo de recompra, aproveitando o instrumento como forma segura de aplicação dos seus excedentes", lê-se na nota.
"Em Maio, as operações de mercado aberto atingiram 3.4 biliões de kwanzas, reflectindo a preferência dos bancos por aplicações de curto prazo com baixo risco. No mercado interbancário, as transações totalizaram 825 mil milhões de kwanzas, abaixo dos 1.0 biliões de kwanzas registados em Abril, o que sugere menor necessidade de liquidez entre os bancos", considera o BPI.
Segundo a mesma nota, a facilidades de cedência de liquidez overnight situou-se nos 55.67 mil milhões de kwanzas, acima dos 19 mil milhões de kwanzas registados em Abril, sinalizando uma maior procura por liquidez em momentos pontuais, mas sem representar sinais de aperto no sistema.
Em Junho, o volume total transacionado nos mercados da Bodiva atingiu aproximadamente 450 mil milhões de kwanzas, dos quais cerca de 394 mil milhões foram realizados em ambiente bilateral, representando mais de 88% do total, lê-se na nota informativa do BPI, que acrescenta que o remanescente foi negociado em mercado multilateral.
Em 2025, Janeiro registou o pico do ano em termos de transações, com cerca de 633.2 mil milhões de kwanzas, seguido pelo mês de Junho. No conjunto, até Junho, o volume total transacionado nos mercados atingiu aproximadamente 2.3 biliões de kwanzas. Face ao mesmo período do ano passado, trata-se de uma quebra em torno dos 8.0%, refere o BPI.