Dentro de dois meses, precisamente até final de Maio próximo, o Banco Económico vai encerrar 12 agências bancárias e um centro de empresas, bem como despedir mais de 70 colaboradores, avançaram ao Novo Jornal fontes da instituição que, segunda-feira, 06, receberam nos seus e-mails corporativos um aviso prévio de despedimento colectivo, que tem a chancela do Conselho de Administração.

O Económico sustenta, em cartas enviadas aos trabalhadores no dia 06, que a "selecção das agências a encerrar baseou-se em critérios objectivos, designadamente na rentabilidade e desempenho comercial, nos custos de arrendamento e na proximidade de agências alternativas, mas sempre com a ponderação do princípio do menor prejuízo para as pessoas".

Em Luanda, capital do País, o Banco Económico vai fechar oito agências e um centro de empresas, estando entre as visadas as agências que estão localizadas na Zona Industrial de Viana, Rocha Pinto, Dolce Vita, Bairro Azul, Porto Pesqueiro, Real Parque e as dos bairros Valódia e Popular, assim como o centro de empresas do Lar do Patriota. Já as outras agências estão situadas nas províncias de Benguela, Bengo e Huambo, revelaram as nossas fontes.

Os nossos interlocutores explicam que, uma vez que actualmente cada uma das 13 agências bancárias do Económico que vão ser encerradas conta com uma força de trabalho constituída por cinco funcionários, com funções de gerente, tesoureiro, gestor de conta e caixa, se prevê que, dentro do processo de despedimento colectivo, grande parte destes funcionários seja despedida, assim como um conjunto de técnicos que se encontram ligados a outros departamentos da estrutura do banco.

"Com o encerramento das 13 agências bancárias, quase todos os trabalhadores que nelas estão serão despedidos, o mesmo vai acontecer em outras áreas do banco. Fomos informados que até final de Maio mais de 70 colaboradores deixarão o Banco Económico, porque a situação financeira não é sustentável", precisou uma das nossas fontes.

Nas cartas enviadas individualmente a funcionários, o Banco Económico certifica que a sua actual situação financeira, resumida em um défice líquido avaliado em 122,7 mil milhões de kwanzas (244 milhões de dólares), pode comprometer a operacionalidade da instituição, forçando-a a que adoptasse medidas de redução de custos em breve prazo, sendo este o pretexto para encerrar agências e despedir trabalhadores, isso no âmbito do Plano de Recapitalização e de Reestruturação (PRR), orientado, em 2022, pelo Banco Nacional de Angola (BNA), enquanto supervisor do sector.

Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, pagável no Multicaixa. Siga o link: https://leitor.novavaga.co.ao/