A medida das autoridades congolesas surge dias depois de Angola decidir cobrar o mesmo valor da taxa aduaneira, de 4.000 USD, que os transportadores angolanos pagam na RDC.

A aplicação desta medida foi já comunicada às autoridades angolanas pelo Governo congolês, que passa agora a exigir igualdade no tratamento migratório, no que toca aos seus transportadores.

Os camiões angolanos pagam 4.000 USD de cada vez que entram na RDC, ao passo que os camionistas congoleses continuam a pagar os 50 dólares, menos 3.950 USD que os angolanos pagam para circularem em território congolês.

Em declarações ao Novo Jornal esta terça-feira, 22, o secretário financeiro da Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola (ATROMA), Licínio Fernandes, disse que a situação dos camionistas angolanos voltou a agudizar-se esta semana, com a proibição de circulação por parte das autoridades da RDC.

Segundo a ATROMA, a situação já foi exposta ao Executivo para ser acautelada, em função do posicionamento de Angola que quer igualdade de tratamento no que à taxa aduaneira diz respeito.

Os congoleses exigem agora ser eles a transportar as mercadorias para o seu território, caso contrário, os transportadores angolanos têm de ter visto migratório.

Conforme ATROMA, nesta altura os camionistas nacionais estão a transportar as mercadorias e a deixá-las ficar nas fronteiras entre os dois países.

"Não nos estão a deixar entrar, os congoleses dizem que têm de ser eles a transportar", denuncia a ATROMA, salientando que o decreto que espelha a reciprocidade no pagamento da taxa aduaneira ainda não está a vigorar.