"Temos uma reserva de emergência de mil milhões de dólares e estamos determinados a usar o que for preciso para proteger das cicatrizes que essa crise causará", disse a Kristalina Georgieva, numa videoconferência de imprensa conjunta com o director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"A OMS está aqui para proteger a saúde das pessoas, o FMI para proteger o estado da economia mundial, ambos estão a ser cercados e somente juntos podemos alcançá-lo", afirmou a economista búlgara.
A directora-geral do FMI lembrou também que mais de 90 países já solicitaram assistência financeira de emergência do FMI devido à actual crise do coronavírus, lamentando que a pandemia de Covid-19 tenha causado "uma paralisia da economia mundial".
Com o planeta imerso numa "recessão muito pior do que a crise financeira" iniciada em 2008, Kristalina Georgieva referiu que, "da mesma maneira que o coronavírus é especialmente prejudicial para os pacientes mais vulneráveis, a crise atingirá especialmente os países em desenvolvimento e emergentes".
Referindo-se à actual crise como a "a hora mais sombria da humanidade", a directora-geral concluiu afirmando que a pandemia de Covid-19 "é uma grande ameaça para a qual o mundo deve unir-se para proteger os mais vulneráveis".
O director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu que o dinheiro nunca seja posto à frente das necessidades de cuidados médicos.
"Pedimos a todos os países que eliminem as barreiras financeiras aos cuidados. Se as pessoas têm de adiar ou evitar os cuidados médicos porque não os podem pagar, fazem com que a pandemia fique mais difícil de controlar e põem a sociedade em risco".
Angola regista oito casos de infecção, dos quais resultaram duas mortes.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infectou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 57 mil.