Com este aumento do apoio financeiro a Angola, onde os 740 milhões acrescerão aos já acordados 3,7 mil milhões, dos quais já foram desembolsados cerca de 1,5 mil milhões, o Governo angolano e o FMI demonstram uma sintonia de posições sobre a urgência de encontrar respostas adequadas aos efeitos devastadores da pandemia sobre a economia nacional.
Esse desfecho já foi mesmo admitido pelo director do Departamento de Comunicação do Fundo, Gerry Rice, tendo este afirmado em declarações à Bloomberg, que esse apoio visa "ajudar Angola a enfrentar os desafios" colocados pelo novo coronavírus.
Recorde-se que o EFF está activo deste 2018 e foi elaborado sem ter em consideração o agravamento substancial da crise económica global no rasto da Covid-19, sendo esse dado a justificação para o acrescento de 740 milhões USD.
Esta é a 3ª revisão do EFF com Angola, tendo os anteriores dois resultado num desembolso de 1,5 mil milhões de dólares que, agora, face aos constrangimentos conhecidos, poderá ser aprovada uma tranche mais volumosa que as duas já avançadas do bolo total de 3.7 mil milhões USD.
Angola, para além deste apoio adicional de 740 milhões USD, está ainda a trabalhar em diferentes frentes para aliviar a carga dos compromissos internacionais com a dívida, desde logo com o Clube de Paris, que suspendeu o pagamento do serviço da dívida até Dezembro de 2020, em conformidade com a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI, em inglês), que está a ser "cozinhada" no âmbito de uma proposta do G20, que agrega as 20 maiores potências económicas do planeta.