Luís Montenegro fez estas declarações na sala de reuniões do Conselho de Ministros, no Palácio da Cidade Alta, tendo afirmado que "Angola é um parceiro de todos os tempos".
"Não me esqueço, devido às responsabilidades políticas que tenho assumido ao longo dos anos: nos momentos mais difíceis de Portugal, o governo angolano, as instituições e as empresas angolanas desempenharam um papel fundamental, quando Portugal estava altamente condicionado."
Por seu turno, sem avançar o destino da verba anunciada, o Presidente da República, João Lourenço, garantiu já terem definido as áreas onde serão alocados os valores em causa.
"Agradeço por este valor anunciado pelo primeiro-ministro e dizer que já temos áreas definidas para alocar estas verbas, que não vou dizer aqui, pelo menos eu não vou dizer ", disse João Lourenço.
O primeiro-ministro português anunciou ainda que o Instituto de Emprego e Formação Profissional começará a trabalhar em Angola para promover a formação profissional de quadros angolanos e garantiu mecanismos para reforçar a atribuição de vistos entre os dois países.
"O nosso Instituto de Emprego e Formação Profissional começará a trabalhar em Angola com o intuito de promover a formação profissional de quadros angolanos, seja para actividades desenvolvidas no território, seja para aqueles que procuram ir trabalhar para Portugal", disse, enquadrando esta iniciativa em protocolos de colaboração que serão acordados entre os Ministérios da Segurança Social.
O governante português reafirmou também garantias de que as recentes alterações à política de imigração em Portugal "mantêm intactas todas as condições para haver uma mobilidade fluida entre os cidadãos portugueses que vêm para Angola e os cidadãos angolanos que procuram Portugal".
O primeiro-ministro de Portugal assegurou o reforço "em três grandes áreas": "Agilizando procedimentos e reforçando os recursos humanos nos postos consulares, e proporcionando um serviço mais transparente e combatendo o açambarcamento de vagas, que é um dos óbices que têm muitas vezes impedido cidadãos Angolanos de obterem as marcações e os vistos respectivos".
Durante a visita de Luís Montenegro ao Palácio da Cidade Alta, as delegações dos dois países assinaram 12 acordos em vários domínios.
Durante a sua estadia em Angola, o primeiro-ministro português terá uma agenda cheia, sendo que no fim da tarde desta terça-feira efectuará uma visita à Escola Portuguesa de Luanda, amanhã irá visitar a Feira Internacional de Luanda (FILDA) e depois seguirá para a província litoral de Benguela, onde vai constar o desempenho das empresas portuguesas naquela região do território nacional.