Uma das imagens mais poderosas que estão a circular pelas televisões e sites de todo o mundo é um prédio de 43 andares, ainda em construção, que rui com enorme estrondo, apanhando pelo menos 40 pessoas que ali trabalhavam.

As equipas de socorro da capital tailandesa, Bangkok, referem as agências, estão a procurar sobreviventes deste desmoronamento, mas os 7,7 graus de magnitude na escala de Richter, que não tendo um máximo estabelecido é, na sua exponencialidade, indicador de que a partir de 7 graus a destruição pode ser catastrófica, sendo que o maior já registado foi de 9,5, no Chile, em 1960.

Este terramoto, que foi registado no início da manhã, quando muita gente ainda dormia, hora local, pelo sistema de vigilância geológica norte-americano, teve o seu ponto central a 10 kms de Mandalay, em Myanmar, e a seis kms de profundidade, mas atingiu quase toda a geografia da região, com destaque para Bangkok que fica a mais de 1500 kms.

Devido à instabilidade política e militar uma realidade há vários anos em Myanmar a informação que chega do país é escassa e muito controlada, bem como é menos evidente como a ajuda está a ser prestada às populações locais.

Todavia, sendo a capital tailandesa o foco dos noticiários internacionais é possível, pela forma como o forte sismo de 7,7 graus, com uma replica igualmente grande, de 6,7 graus Richter, destruiu templos, edifícios, pontes... antecipar um número de vítimas maior e a destruição ser relevante no extenso sudoeste asiático.

Entretanto, o Governo tailandês decretou o estado de emergência, com o primeiro-ministro Paetongtarn Shinawatra, a informar que essa decisão é essencial para accionar os meios existentes no país para responder a uma tragédia que ainda está no início da sua compreensão geral quanto aos seus efeitos no país e na região.