Embora esteja feito o anúncio da paralisação para os dias 28, 29 e 30 de Julho, pelas principais associações e cooperativas, alguns taxistas demarcam-se desta paralisação alegando que os proponentes não estão devidamente organizados.

O Novo Jornal apurou que vários líderes das principais associações foram tecnicamente colocados de parte, tendo alguns filiados assumido a realização da paralisação de três dias como organizadores.

Alguns líderes são acusados de estarem em "conluio" com a posição do Executivo, na subida gradual do combustível, em troca de benesses.

Por exemplo, a Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), uma das maiores associações de taxistas do país, aderiu à paralisação, embora sem o seu presidente, Francisco Paciente. O Novo Jornal contactou-o, mas este assegurou estar em gozo de férias e não aceitou falar sobre o assunto.

Entretanto, a Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), a Associação dos Taxistas de Angola (ATA), a Cooperativa de Transportadores de Luanda, a Associação dos Transportadores de Luanda (ATLA), a Cooperativa dos Taxistas do Cazenga (CTC) e outras associações e cooperativas assumem a organização desta paralisação.

Segundo a organização, os taxistas reclamam da falta de respostas às preocupações apresentadas ao Executivo.

De acordo com um comunicado conjunto das associações e cooperativas de taxistas, a paralisação foi decidida após mais de 15 dias de diálogo com os profissionais, que manifestaram descontentamento com as condições actuais.

O aumento do custo do gasóleo e das peças de manutenção, a remoção de paragens de embarque e desembarque sem aviso prévio por parte das administrações municipais e da Polícia Nacional, bem como a falta de envolvimento das lideranças dos taxistas nas decisões do Executivo, estão entre as principais queixas.

Entretanto, estas associações e cooperativas estão há dias nas paragens de táxis a mobilizar os taxistas para não saírem de casa por três dias.

Porém, alguns taxistas asseguram que têm os veículos a gasolina, e por isso não se reveem na paralisação pois o preço da gasolina mantém-se nos 300 kwanzas.

Embora alguns não concordem com a paralisação, a maioria dos taxistas com quem o Novo Jornal falou são de opinião que se deve parar em função do custo de vida e do aumento do preço do gasóleo.

Em comunicado, as várias associações e cooperativas asseguram que a paralisação dos azuis e branco em nada tem a ver com aspectos políticos, assegurando ser apenas "um grito da classe trabalhadora por respeito e dignidade!".

Face ao anunciou dos taxistas, as autoridades administrativas permanecem em silêncio, embora fontes policias assegurarem ao Novo Jornal que a Polícia Nacional esta atenta a tudo, e fará cumprir o respeito pela manutenção da ordem pública.