Máquinas e equipamentos, os sectores alimentar, restauração, industrial, marketing, artesanato e outros estarão patentes no certame com expositores de Malanje, Benguela, Cabinda, Cuanza Norte, Luanda e Uíge, e a caminho os representantes das províncias das lundas Norte e Sul,

O administrador-geral da C CALAS Angola, promotora de feiras e eventos, Inocêncio Quipungo, sem projectar o volume de negócios que se espera alcançar, disse que o evento será uma oportunidade para a apresentação do roteiro turístico de Angola.

"A nossa missão é aproximar o expositor, macro ou micro ao grande potencial expositor. Quem tem uma semeadora manual pode sonhar com uma mais moderna, e nós facilitamos, trazendo o expositor até aqui", afirmou.

Trinta e sete empregos indirectos serão criados durante os quatro dias do evento.

A empresa local ERM-DALA nova no ramo da produção da fuba de milho, ração para aves [fase inicial, de postura e pós-inicial] e aves, segundo o representante na feira, Jonas Alberto, a média indústria tem nesta época uma produção diária de 200 a 300 sacos de 25 quilos de fuba de milho e 100 sacos de ração para galinha.

"A ração de peixe nesta época estamos a espera do técnico que vem de Luanda, que vai capacitar os nossos técnicos de Malanje", referiu, fundamentando que com os equipamentos adquiridos com dinheiro do PDAC poderá nos próximos anos no mercado malanjino "a salsicha, o chouriço, o chourição e a massa macarrão e esparguete".

As maiores dificuldades estão relacionadas com o custo da matéria-prima, para a ração de peixe a premixes está a ser comercializada a cerca de 200 mil kwanzas, e é inexistente no mercado de Malanje, o quilograma de milho oscila entre 300 a 400 kwanzas.

Para uma tonelada de milho a ERM-DALA investe entre 250 mil a 300 mil kwanzas, referiu Jonas Alberto, que apresentou as vias de acesso aos campos como outra dificuldade para o desenvolvimento económico da região.

Esperança da Conceição, 65 anos, integra a Associação de Mulheres Empresárias de Luanda (ASSOMEL), mas na feira está pela empresa Milagre da Fé, garante que trouxe a Malanje roupa africana, social e calçados para ambos os sexos, tanto para adultos como para crianças.

"Não é a primeira vez, já estive aqui várias vezes. Estivemos o ano passado em Cangandala, em várias províncias", confirmou, admitindo que tem muito proveito das feiras, o que justifica a presença de outras mulheres de Cabinda, Cuanza Norte e Huambo.

Esperança da Conceição chamou atenção do Governo Central quanto a degradação acentuada da estrada nacional 230, no troço entre o triângulo de Ndalatando e Lucala, localidade do Cuanza Norte.

"Partimos ontem de Luanda, só chegámos aqui à uma da manhã, a estrada está mal, mal. Temos que caminhar para o nosso país ir em frente, é mesmo negócio que nos trouxe aqui", lamentou.

A Automatriz empresa do ramo de máquinas e equipamentos agrícolas apresenta um modelo de tractor com recursos mecânicos para a agricultura familiar, referiu, o director da firma, Eduardo dos Santos Mendonça.

Orçado em 50 milhões de kwanzas, a empresa garante para o cliente [família agricultora] um kit que congrega uma grade de disco e uma charrua, peças que substituem das enxadas e catanas na preparação da terra.

Eduardo dos Santos Mendonça precisou que a feira de Malanje, a primeira de magnitude nacional, traz de Luanda e de outras províncias que não existe na terra de Nginga Mbande, "a C Calas projecta e dá facilidade as pessoas de verem de perto e poderem falar as pessoas"

Aos promotores de eventos do género a banca deverá compensar, com a redução dos impostos e outras exigências, essencialmente para um agricultor que está a começar agora.