No documento assinado pela ministra Vera Daves é ainda nomeada a comissão de negociação, encabeçada por Marinela Simões Alcântara Monteiro, representante do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).

No princípio do ano, o Presidente fez sair um despacho em que alterou a estratégia definida em Dezembro de 2020, que previa a alienação da Mota Engil Angola por meio de Oferta Pública Inicial (OPI) na Bolsa de Valores, decidindo-se pela privatização da participação social dos 20% que o Estado detém através de concurso público.

A justificação apresentada em Fevereiro foi de que não estavam reunidas as condições necessárias para a alienação das acções que o Estado detém indirectamente na sociedade anónima Mota Engil Angola por via da Sonangol Holdings através do procedimento de Oferta Pública Inicial na Bolsa de Valores, uma decisão que anulou a de Dezembro de 2020, quando João Lourenço determinou, por decreto, a privatização por via de Oferta Pública Inicial da empresa controlada pela construtora portuguesa, que detém os restantes 80% do capital social.

No decreto de Dezembro de 2020, o Chefe de Estado defendia que a alienação participação do Estado angolano dos 20% do capital se enquadrava no âmbito da Reforma das Finanças Públicas, "tendo em vista a promoção da estabilidade macro-económica, o aumento da produtividade da economia nacional e o alcance de uma distribuição mais equitativa do rendimento nacional".