O barril de Brent, que determina o valor médio das ramas exportadas por Angola, caiu cerca de 7%, para menos de 100 USD o barril, mas recuperou esta quarta-feira, com uma subida de 0,89% (100,7). O West Texas Intermediate, o indicador de referência do petróleo dos EUA, subiu 0,88%, para os 96,68 dólares o barril, depois de cair 8%.
A queda dos preços do barril de petróleo caíram depois de a Opep escrever no seu relatório mensal de perspectivas que espera que a procura exceda a oferta em cerca de 1 milhão de barris por dia em 2023.
"Os negociantes estão preocupados com o aumento acentuado dos casos de covid-19 na China e a preocupação é que isso possa levar a um bloqueio", disse Naeem Aslam, analista-chefe de mercado da Avatrade, citado pelas agências, acrescentando que "os traders estão preocupados com a desaceleração económica em todo o mundo, e as leituras de inflacção mais altas aumentam as oportunidades de uma forte possibilidade de recessão, apesar de um mercado de trabalho robusto."
Ainda assim que a procura mundial de petróleo exceda os níveis pré-pandemia em 2022, mas a guerra Rússia-Ucrânia, os desenvolvimentos relacionados com a pandemia e as pressões inflaccionárias estão a forçar a aumentar a incerteza quanto ao futuro.
Na terça-feira, o FMI depreciou sua previsão de crescimento económico dos EUA para 2,3% este ano, de uma projecção anterior de 2,9% no mês passado, e cortou a perspectiva do país para 2023 para 1% em comparação com a estimativa anterior de 1,7%.
O aumento da inflacção estimado em 8,8% em Junho representa 'riscos sistémicos' para os EUA e a economia global, segundo o fundo.
Também o Banco Mundial diminuiu as previsões de crescimento para a economia global este ano.