Um dos apartamentos recuperados está localizado na Urbanização Nova Vida, outro no Bairro operário, e o outro no bairro Nelito Soares. A vivenda está edificada na Rua Eugénio de Castro.

Foram ainda recuperados 73 milhões de kwanzas (82 mil dólares), 170 mil euros e 329 mil dólares, que se encontram na posse do Banco Nacional de Angola

Como avançou o Novo Jornal em Julho do ano passado, a lista dos activos recuperados inclui duas moradias no Algarve, um apartamento em Lisboa, um apartamento em Telheiras, bem como casas em São Paulo e Rio de Janeiro (Brasil). Tudo visto e somado, são muitos milhares de milhões de dólares em dinheiro e bens arrestados pelo Estado, mas muitos deles ainda estão pendentes de decisões judiciais.

A lista inclui 219 bens e activos recuperados, apreendidos ou arrestados, muitos deles relacionados com processos ainda em curso, num total de 19 mil milhões de dólares (7 mil milhões de dólares correspondem a bens recuperados e cerca de 12 mil milhões de dólares a bens apreendidos ou arrestados).

Entre os activos, que só passarão para a esfera do Estado se as decisões judiciais forem favoráveis ao Estado angolano e depois de transitadas em julgado, constam fábricas, fazendas, minas, lojas e estabelecimentos comerciais, edifícios, urbanizações e condomínios, dezenas de hotéis, dois terminais portuários, assim como dinheiro e participações sociais. Algumas delas foram privatizadas entretanto, como a Textang, por exemplo.

A lista revela o tipo de bens, o seu valor, a sua actual situação e o ano em que foram recuperados, mas não menciona quem eram os seus anteriores detentores ou beneficiários.

A lista inclui maioritariamente activos recuperados em Angola, mas há também duas moradias no Algarve, no valor de 4,2 milhões de dólares, entregues ao Ministério das Finanças (Minfin) em 2019, um apartamento em Lisboa, avaliado em 450 mil dólares, também entregue ao Estado no mesmo ano, e mais um apartamento em Telheiras (Lisboa), também entregue ao Minfin, com o valor de 320 mil dólares.

Há também apartamentos em São Paulo e no Rio de Janeiro, avaliados num total de 750 mil dólares, com a indicação de que "aguardam formalização da entrega", desde 2019.