O objectivo para o qual foi concebido o Projecto de Desenvolvimento Integrado da Quiminha, projectado num espaço de 5 mil hectares para vir a ser o maior programa agropecuário do País, tem sido desvirtuado, apontam denúncias que chegaram à nossa redacção de fontes próximas ao propalado projecto do Executivo que arrancou em 2014.

Da vasta lista de acusações dos delatores constam os crimes de gestão danosa e corrupção, que atribuem, em parte, aos gestores da empresa pública Gesterra - Gestão de Terras Aráveis, entidade a quem o Governo atribuiu a responsabilidade de implementar o projecto, e que tem à testa como presidente do Conselho de Administração Carlos Paim. Mas que, em 2017, passou a gestão da Quiminha para a empresa privada Agroquiminha.

Neste processo, acusam as nossas fontes, o PCA da Gesterra, alinhado com os seus parceiros, "não agiu com diligência necessária para garantir os interesses do Estado, nomeadamente na manutenção e conservação do seu património, assim como no funcionamento da exploração agrícola, onde o Estado tanto investiu sem qualquer retorno até à data", naquele espaço que está há 50 quilómetros de Luanda.

JLo diz que ficou "surpreendido pela positiva" com o projecto

Antagonicamente, em Dezembro de 2019 o Presidente da República, João Lourenço, numa visita aquele projecto disse estar surpreendido, pela positiva, com o desempenho do projecto, apesar de não ter atingido ainda a velocidade cruzeiro e o pico da produção, avançou o Jornal de Angola.

"Aproveitamos esta oportunidade para encorajar os promotores a continuarem neste caminho. Angola tem grandes potencialidades e pode produzir muito mais do que vem produzindo, quer através da agricultura empresarial, quer da familiar", disse o Presidente João Lourenço, que esteve no início da implementação do projecto, altura em que, segundo ele, "não era nada" em relação ao que viu em Dezembro de 2019.

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