Esta medida surgiu após os camionistas angolanos bloquearem a fronteira do Nóqui, no Zaire, impedindo, igualmente, a entrada em Angola dos transportadores congoleses, como retaliação à decisão congolesa.
Apesar da trégua, que agora permite a circulação dos camionistas dos dois países, os dois governos ainda não chegaram a acordos rubricados que oficializem a decisão.
O Novo Jornal apurou junto dos transportadores que as autoridades congolesas estão, agora, a permitir a entrada no seu território, de todos os camiões que saem do Luvo, no Zaire, com mercadorias para a RDC ou para a província angolana de Cabinda.
Segundo a Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola (ATROMA), embora o momento seja de tréguas, é necessário que os dois governos cheguem a um entendimento para de uma vez por todas pôr fim a este "irritante".
Ao Novo Jornal, os transportadores asseguram que já se pode entrar e circular sem qualquer impedimento na RDC.
Com esta trégua, segundo a ATROMA, tanto os camionistas angolanos como os congoleses saem a ganhar.
A medida das autoridades congolesas surgiu depois de, no sábado, as autoridades da RDC e de Angola reunirem para abordar o assunto, que já atingia outros contornos.
Angola vai passar a cobrar o mesmo valor da taxa aduaneira, de 4.000 USD, que os transportadores angolanos pagam para entrarem e circularem na RDC.
Embora seja ainda intenção de Angola, é facto que os camionistas congoleses continuam a pagar os 50 dólares, menos 3.950 USD que os angolanos pagam para circularem em território congolês.
A ATROMA assegura ser importante a reciprocidade para os transportadores dos dois países, que dividem uma vasta fronteira terrestre.
Importa lembrar que quinta-feira, 31 de Outubro, as autoridades da RDC voltaram a "barrar" a entrada e saída de camiões para Cabinda, e como retaliação, camionistas angolanos bloquearam a fronteira do Nóqui, no Zaire, impedindo, igualmente, a entrada no País dos transportadores congoleses.