A autorização para a reabilitação dos 179 quilómetros da estrada em terra, que segundo o despacho presidencial, "nunca beneficiou de reabilitação, a circulação rodoviária é muito irregular e, em muitos pontos, impossível de trafegar", foi feita através de um ajuste directo "em função de critérios materiais".

A estrada, com origem na sede do município de Mbanza Congo, atravessa as comunas de Madimba, Lucunga, sede do município do Songo e termina no município do Bembe, é, segundo o documento consultado pelo Novo Jornal, considerada pelo Governo "estratégica" para a região Norte do País, "ligando duas províncias, para além de dinamizar o incremento das trocas comerciais e serviços administrativos nos municípios abrangidos, fundamental para o desen- volvimento da produção agrícola, pecuária, industrial, mineira e madeireira".

Em termos de viabilidade económica é aconselhável "construir esse troço de estrada de terra de forma melhorada, com a utilização de estabilizadores", defende o despacho presidencial, acrescentando que "tanto a tecnologia a ser usada, como o custo-benefício da implementação da matéria-prima obtiveram o aval técnico favorável do Instituto de Estradas de Angola (INEA) e do Laboratório de Estradas de Angola (LEA)".

No documento, que não avança o nome das empresas a contratar, o Presidente delega no ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação competência, com a faculdade de subdelegar, para a prática dos actos decisórios e de aprovação tutelar, a elaboração das peças do procedimento, bem como a celebração e assinatura dos contratos.

O projecto deverá ser inscrito no Programa de Investimento Público, determina o despacho assinado pelo Chefe de Estado.