A apreensão das embarcações carregadas de combustível teve lugar no município do Soyo, na província do Zaire, e, segundo fonte da Polícia de Guarda Fronteira coitada pela Angop, resultou de uma micro-operação de combate a este crime.
Os combustíveis, gasóleo e gasolina, estava acondicionado em 324 recipientes em plástico de 25 litros e 64 de 250 litros.
O valor dos bens que estavam a ser contrabandeados é de 5,3 milhões de kwanzas.
Este negócio do contrabando de combustíveis de Angola para a RDC, como o Novo Jornal tem noticiado (ver links em baixo nesta página) está a gerar forte polémica no país, depois de o ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do PR, general Francisco Furtado, ter denunciado, sem revelar os nomes, que há generais, comissário de polícia e políticos nele envolvidos.
Mas a realidade é evidente: o que o impulsiona é a grande diferença de preços, como o Novo Jornal tem sublinhado ao longo dos anos, entre Angola e o país vizinho, onde, por exemplo, um litro de gasolina custa, em francos congoleses, cerca de 1,3 USD enquanto em Angola, em kwanzas, esse prelo é de cerca de 30 cêntimos de dólar norte-americano.
Com esta diferença, o "negócio", que está sustentado nos subsídios estatais aos combustíveis em Angola, torna-se irresistível e é ainda exponenciado pelo facto de o preço no mercado paralelo no Congo, onde os locais de abastecimento rareiam, poder chegar, em determinados locais e durante a noite, ao dobro, perto dos 3 USD, ou seja, mais de 3 mil kwanzas por litro de gasolina que sai de Angola por 300 kz..