Atribui-se essa condição ao facto de viverem num mundo algo esquizofrénico, muito próprio, ausente de qualquer espécie de princípios, valores, educação, postulados político-ideológicos, conceitos de moral ou de ética, predispondo-se por isso a qualquer desbragamento verbal, ultrapassando, não raro, os limites estabelecidos por quem os comanda.E só nos cingimos ao verbal, porque quando decidem transportar para o papel aquilo que fingem pensar (que é uma actividade demasiado complexa e desconhecida para o seu cérebro), é o desastre total, absoluto, arrasador.

Estando dispostos a tudo, desde que lhes seja garantido o acesso a um nível de vida a que não se conseguem habituar, em função de uma condição de idiossincrasia eterna de homens das cavernas, conseguem, na maior parte das vezes, acabar por se transformar em pesos complicados para quem os acolhe, por prejudicarem sempre a bandeira que dizem transportar.

Colocam sistemática e autofagicamente a sua “dama” em má situação e, não olhando a meios para atingir os fins, tornam-se rapidamente descartáveis. Pela total ausência de inteligência. Pela mais absoluta falta de escrúpulos. E pela sede infinita de protagonismo. Esquecendo-se, no afã do cumprimento integral da condição de “burros de carga”, que a pesporrência, a cretinice, a ignorância atrevida, o apequenar das populações, tornam-nos hoje em dia motivo de gozo e de chacota, passando em velocidade acelerada à condição de actores do passado.

Não viria daí grande mal ao mundo caso não estivéssemos a atravessar um momento de extrema gravidade, sob todos os pontos de vista e se não nos tivéssemos apercebido que o partido que dirige o Governo, procura, com a tranquilidade possível e a serenidade que se exige a quem está à frente do Estado, encontrar soluções que, pelo menos a médio e longo prazos, impeçam uma deterioração ainda maior das condições de vida das populações e ajudem a retomar uma trajectória de crescimento económico efectivo.

Não é, de todo, aconselhável, que em momentos destes os trogloditas resolvam volta e meia tomar a dianteira, debitar os disparates que bem entendem, quando os seus superiores hierárquicos cuidam de falar e agir com alguma cautela.

Em particular, não entrando em “campos minados”, como o exagero da palavra fácil, da arrogância, da demagogia e até do insulto, permitindo-se chegar ao extremo de gozar com o dramatismo das condições de vida de grande parte das populações.

Esperemos que, com alguma urgência, quem estuda as estratégias a adoptar para o contacto (e o esclarecimento…) dos cidadãos mande rapidamente calar os trogloditas.

Que são os autores permanentes dos tiros que dão nos pés de estruturas que, com raiva e sem convicção, aparentam querer proteger, e que nos levam a pensar se não haverá, na realidade, o objectivo sub-reptício de continuar a provocar danos graves aos que eles próprios juram, a pés juntos, defender.