Estes protestos levaram o Presidente do país, Kasim-Yomart Tokayev, a provocar a queda do Governo para tentar diminuir a intensidade dos protestos mas as ruas de Almaty, a capital económica, não arrefeceram, pelo contrário, os protestos que já duram desde 02 de Janeiro aumentaram de intensidade.

Essa crescente violência nas ruas de diversas cidades do Cazaquistão, que é um dos países mais ricos em recursos naturais da Ásia Central, levou o Presidente Tokayev a pedir a ajuda aos seus aliados da Organização do Tratado de Segurança Colectiva (CSTO), que integra, entre outros, 10 Estados, a Rússia, o Azerbaijão ou ainda a Geórgia e o Tajiquistão, estando prevista a chegada ao país de um forte contingente militar para erradicar os manifestantes das ruas.

O Presidente Kasim Tokayev considera que os protestos têm por detrás terroristas internacionais e que procuram tomar de assalto as estruturas do Estado, desde esquadras de polícia, quarteis ou edifícios públicos e governamentais.

Centenas de lojas estão continuamente a ser saqueadas como o demonstram as imagens divulgadas nas redes sociais.

Com pouco mais de 18 milhões de habitantes, o Cazaquistão é uma das antigas repúblicas da União Soviética que ganharam a independência no início da década de 1990 e que viu um forte desenvolvimento impulsionado pela riqueza do seu subsolo, desde logo o petróleo.

Estes protestos foram desencadeados depois de o Executivo do agora demitido primeiro-ministro Askar Mamin, substituído interinamente por Alikhan Smailov, ter amentado o preço do gás liquefeito, que é o principal combustível usado nas viaturas, carros e camiões, no país.