A capital ucraniana foi esta noite, de Domingo para segunda-feira, 19, de novo, alvo de dezenas de drones e misseis russos que se dirigiram para as infra-estruturas de transformação e transporte de electricidade deixando milhões de pessoas, contando com os ataques no resto do país, sem energia, essencial para a sua sobrevivência quando as temperaturas começam a descer abaixo de zero com persistência.
Apesar de o regime de Kiev insistir que a sua defesa anti-aérea destruiu a grande maioria dos drones e misseis envolvidos em mais este ataque às principais cidades do país, com impacto na distribuição de energia, mas também nas linhas ferroviárias e nós de rodovias que fazem a ligação entre o oeste, próximo das fronteiras da NATO (Europa ocidental) e o leste ucraniano, onde se travam as batalhas mais intensas desta guerra que já está a chegar aos 11 meses desde que as forças russas atravessaram as fronteiras do país vizinho a 24 der Fevereiro, a verdade é que os seus efeitos não são possíveis de esconder em cidades às escuras umas atrás das outras.
É igualmente verdade que a distribuição de electricidade está a ser a única consequência dos ataques russos admitida, e até sublinhada, pelas autoridades de Kiev, porque isso afecta a população civil já tremendamente fustigada pelo inverno gelado, o que gera comoção no ocidente de onde chega o apoio militar e financeiro a Kiev para manter o esforço de guerra, mas a principal linha ofensiva da Federação Russa é sobre a ferrovia ucraniana, que permite o abastecimento da linha da frente com as armas e munições enviados através da Polónia pelos aliados ocidentais, bem como a rodovia, por onde circulam as colunas de reforço ucranianas para os diversos pontos quentes da extensa, perto de 1.200 quilómetros, linha da frente deste conflito no leste europeu.
E, ao que tudo indica, sendo que é grande a probabilidade de ser mais uma manobra de deceção - fazer da verdade mentira e da mentira verdade -, que tem sido uma das frentes mais activas nesta contenda, os russos começam a preparar uma nova ofensiva sobre a Ucrânia, provavelmente a partir do norte, da Bielorrússia, para onde está prevista, para esta segunda-feira, 19, uma visita de Vladimir Putin ao seu amigo e principal aliado, Alexander Lukachenko.
Os analistas militares ocidentais consideram como plausível tratar-se de um derradeiro passo para que em Janeiro, quando os solos estarão totalmente gelados e aguentam o passar das lagartas dos pesados carros de combate, as forças russas, já com os 300 mil mobilizados em Outubro prontos para a acção após três meses de intenso treino militar, poderão avançar, a partir de pelo menos três frentes - do norte, de leste e do sul - para uma derradeira ofensiva que abalroe as cada vez mais fragilizadas unidades ucranianas, fustigadas durante meses sucessivos pelo arsenal infindável da artilharia russa, que é, como se viu na Síria ou na Chechénia, a sua imagem de marca e força inigualável.
Vai ser assim, não vai ser assim? Ninguém poderá dizer com certeza, embora esta visita de Putin a Minsk, a capital bielorussa, possa indicar que algo desse género poderá estar a ser desenhado pelos estrategas russos, embora a amizade e a clara subserviência de Lukachenko a Putin permita duvidar porque, para acertar agulhas sobre uma ofensiva deste calibre, uma simples chamada telefónica seria bastante, visto que, no terreno e nos quartéis dos dois países tudo esteja já mais que alinhado para o caso dessa necessidade, considerando que desde o início do conflito, os russos dispõem de milhares de homens em território bielorusso em permanentes exercícios de combate, incluindo com fogo real.
Mas, para já...
... a única certeza é que a capital ucraniana está, mais uma vez, às escuras, depois de, segundo os media ocidentais - sempre alinhados ao lado dos ucranianis, quase sem excepção, tal como os russos, e nalguns dos países mais próximos do Kremlin, se encostam aos interesses de Moscovo - a defesa anti-aérea tenha abatido 30 dos 35 drones detectados nos céus de Kiev, as explosões foram ruidosas e as consequências imediatas, com milhares de casas de luzes apagadas, isto, depois destas se terem acendido por escassas horas por causa de um ataque em tudo semelhante a este.
E nos arredores de Kiev o cenário não é diferente, com dezenas de explosões a sucederem-se, mas nesta zona da capital, com alvos distintos, alargando-se da infra-estrutura eléctrica para a ferroviária e rodoviária, além das unidades de reparação e construção de armamento ou de material ferroviário.
Como vai a Ucrânia resolver este problema, é a grande questão por estes dias, porque, primeiro, como alguns analistas militares menos informados, se apressaram a vir a público, como o major-general Isidro Pereira, oficial português que esteve durante anos integrado na estrutura de comando da NATO na Europa, os drones iranianos, afinal, voam com temperaturas negativas e estão a cair em grande número sobre alvos em território ucraniano, depois, apesar de estes mesmos analistas se terem empenhado em dizer que com os M777 (canhões de longo alcance fornecidos pelos EUA), depois com os HIMARS (sistemas móveis de lançamento de misseis Made in USA) e a seguir com os blindados GEPARD alemães ou os Howitzers franceses Caesar, seria mudado o curso da guerra a favor de Kiev, a verdade é que assim não foi, pelo menos de forma evidente.
E, agora, nova esperança renasce, pelo menos como têm sublinhado os analistas mais alinhados com Kiev, com os misseis anti-aéreos Patriot que Washington deverá fornecer à Ucrânia, embora estes exijam, devido à complexidade de manuseio, longos meses de treino para as forças ucranianas. Isto, apesar de ser pouco credível que os norte-americanos se disponibilizem para fornecer milhares de misseis que custam, por unidade, mais de 1,5 milhões de dólares para abater drones, sem garantia de sucesso por estes voarem a baixas altitudes e não criarem rasto de propulsão a jacto, que não custam mais de 15 mil USD.
Há, no entanto, uma alternativa a uma vitória russa no terreno, ou ao sucesso na expulsão do invasor por parte dos ucranianos: a paz.
Sendo apenas um pormenor, que não pode ser visto como um sinal de que começa a fraquejar o apoio a Zelensky, fica como uma nota em saliência no final do campeonato do mundo de futebol a recusa da Federação Internacional de Futebol Amador (FIFA) em transmitir, no estádio da final entre França e Argentina, um discurso pré-gravado do Presidente ucraniano como este tem sido habituado a conseguir nos mais diferentes palcos do mundo.
Tal como a França, também Volodymyr Zelensky foi "derrotado" nos...penalties.
Uma mudança de azimute é já visível...
... nas chancelarias europeias mais centrais - nas periferias isso ainda não é visível, desde a mais distante, como Lisboa, ainda muito alinhada no apoio ao, esforço de guerra, ou mais próximas, como a Polónia e os Países Bálticos, ou mesmo o Reino Unido, a insistirem na derrota militar de Moscovo, como é exigido pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula Leyen -, com Paris, Berlin, Roma... a reajustarem claramente o discurso para que o diálogo se imponha ao ribombar dos canhões - nos EUA também já se nora esse novo tom, embora menos reverberante -, desde logo com o chanceler alemão Olaf Scholz a recusar-se a deixar de dialogar com Putin, assim como o francês Emanuel Macron, ou o histórico e famoso pelas suas análises certeiras e premonitórias, Henry Kissinger, o diplomata que aconselhou diversos Presidentes dos EUA nas décadas de 1960 e 1970, e que tem repetido a sua ideia de que se não for travada agora, esta guerra pode levar o mundo a uma III Guerra Mundial e a um possível armagedão.
A razão por detrás deste aparente mudar de agulha, impondo-se a real politik europeia, é que os sucessivos, já são oito e um nono em fase de conclusão, pacotes de sanções europeus, estão a afectar de forma brutal as sociedades da Europa ocidental, havendo quem admita claramente, nas páginas de opinião de jornais como The Guardian ou Le Monde, que a Rússia está a sofrer menos que os europeus ocidentais, com uma inflação histórica e persistente, com uma recessão ao virar da esquina, e que o FMI entende poder vir a ser global nas próximas semanas, com o custo de vida a disparar como não se via há mais de 40 anos em países como o Reino Unido, Alemanha, Suécia, ou em Portugal, onde esta a maior comunidade angolana na Europa.
Com estes efeitos a fazerem-se sentir cada vez mais enfatizados, as consequências políticas para quem governa tendem a ser desastrosas, como se viu em Itália, onde os fascistas voltaram ao poder ao fim de quase um século, com Benito Mussolini, depois de ter conquistado Roma, em França, a extrema direita fascista e racista está à beira do poder, repetindo-se o cenário em diversos Estados-membros da União Europeia, sendo que em Espanha é já quase impossível aos socialistas sobreviverem a um novo ciclo eleitoral, etc, e para evitar este cenário catastrófico, os governos começam claramente a querer acabar com o conflito, defendendo negociações com urgência, ainda pouco sonora em público, mas ruidosa nos corredores.
... como sempre, de Londres chega mais e mais apoio à guerra
... porque o Reino Unido, alinhado até ao limite com os Estados Unidos, depois de ter saído da União Europeia, com o famoso Brexit, cada vez mais contestado internamente, tem no apoio estratégico a Kiev a mais breve estrada para levar o bloco dos 27 para o precipício, o que interessa aos EUA como se tem visto com as reacções cada vez mais estridentes dos lideres europeus - Macron e Scholz na linha da frente - contra as políticas de Washington, que estão a desviçar a industria europeia com a imposição de uma proibição de compra de energia à Rússia para que o gás e o crude sejam adquiridos aos EUA a preços que chegam a ser quatrio vezes mais caros.
Isso não implica apenas mais gastos, que estão a desvitalizar os cofres eurpeus, implica que algumas das mais importantes unidades industriais da Europa ocidental estejam a deslocalizar as suas linhas de produção para os Estados Unidos ou para a China, onde encontram factores de produção, como a energia, substancialmente mais baratos que em "casa", desde logo porque os EUA tem excesso de gás e petróleo provenientes da sua excessivamente cara e poluidora industria do fracking (petróleo de xisto) e precisam de a escoar, e a China tem disponível quantidades infindáveis destas matérias-primas compradas com desconto à Federação Russa que deixaram de seguir para a Europa ocidental devido às sanções.
Para garantir que este conflito perdura, que a economia europeia de degenera, e que a Rússia, como é inevitável, mais cedo ou mais tarde vai começar a ceder no seu tecido socio-económico, Londres acaba de anunciar mais um vasto pacote de ajuda em armamento a Kiev, constituído por artilharia pesada.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, vai mesmo encontrar-se com os seus pares bálticos, holandês e nórdicos, em Riga, na Letónia, de forma a convencê-los a alinhar neste reforço militar à Ucrânia, o que não deve ser difícil, pelo menos com os três "tigres" bálticos, Letónia, Lituânia e Estónia, sendo que com o caso dos Países Baixos e os nórdicos (Suécia, Dinamarca e Finlândia), possa ser mais complexo, porque também estes estão a sofrer fortes mutações no sentimento das suas opiniões públicas devido ao efeito de ricochete das sanções atiradas contra Moscovo.
O que Sunak quer, no seguimento das políticas de ataque continuado dos antecessores, Boris Jonhson e Lisa Truss, é apoio dos aliados para enviar, segundo The Guardian, que cita a France Presse, centenas de milhares de munições de artilharia no valor de 300 milhões de dólares, para garantir que as forças de Kiev não deixam de ter com que flagelar as posições russas na linha da frente.
Numa nota enviada pelo seu Gabinete, Sunak reitera a voz de Londres sobre este conflito, que é o de manter o esforço de guerra ucraniano custe o que custar, pedindo mesmo aos seus aliados europeus que não se deixem convencer - com terminologia diplomática, natiuralmente - por aqueles que começam a esmorecer o seu apoio a Kiev.
A Europa corre em duas pistas
O debate que se trava hoje nos gabinetes de Bruxelas no que diz respeito à Ucrânia é tão violento quanto simples... se, por um lado, o 9º pacote de sanções europeias à Rússia está garantido, falta definir detalhes, como é o caso do preço máximo a pagar pela energia russa entre os países europeus, com os mais aguerridos "falcões", como a Polónia e os bálticos, Lituânia, Letónia e Estónia, a exigirem limites restritos e forçar a uma redução drástica das importações de gás e petróleo russos.
A União Europeia, que está na linha da frente dos mais aguerridos aliados de Kiev neste esforço de guerra com a Rússia, aprovou na passada semana o 9º pacote de sanções à Rússia, após chegarem a acordo sobre a inclusão na 'lista negra' de 144 pessoas e 48 entidades envolvidas na intensificação da guerra na Ucrânia.
Este último pacote de sanções, que estava há semanas a ser debatido pelos Estados-membros da UE, inclui medidas contra a exportação iraniana de "drones" (aeronaves não-tripuladas) para a Rússia e restrições ao setor financeiro.
Este acordo foi, como já sucedeu no passado, visto como pouco ambicioso por Kiev, porque é considerado "modesto" nos objectivos.
O risco de novo êxodo para o ocidente
Uma das questões mais em foco nas análises dos especialistas no media europeus, onde se sente o mesmo tipo de frio gélido que na Ucrânia, é se a Ucrânia poderá passar este Inverno sem um êxodo gigantesco de milhões de pessoas para os países do ocidente de forma a fugirem do frio, tendo mesmo sido esse o tópico em realce da conversa recente entre os Presidentes Zelensky e Macron.
Apesar desta procura de resposta a um problema em tempo real, a verdade é que, ao observar as diversas abordagens na imprensa ocidental, facilmente se percebe que de Paris a Berlin, de Varsóvia a Budapeste, de Madrid a Roma, o pânico de um novo tsunami de refugiados ucranianos a atravessar as fronteiras para fugirem do frio está a instalar-se.
Isto é um problema porque, se em Março, Abril e Maio deste ano, depois do avanço das forças russas sobre a Ucrânia a 24 de Fevereiro, milhões de pessoas chegaram aos países ocidentais, a resposta foi imediata e eficaz, muito distinta da que a mesma Europa dispensa aos refugiados africanos e asiáticos que demandam aos seus territórios, hoje teme-se que essa resposta seja menos eficaz e pronta, porque os povos europeus estão, também eles, a atravessar dificuldades que jamais pensaram ser possível, devido a esta guerra, sendo, por isso, a disponibilidade, tanto de meios como anímica, muito menor face ao que ocorreu na primeira avalanche de refugiados.
Alguns analistas mais cínicos sublinham mesmo que não é fácil distinguir o que move os lideres europeus de forma mais sonora, se a "solidariedade europeia", se o "medo" de não conseguirem sobreviver às consequências políticas de uma crise de refugiados em pleno Inverno e em plena crise económica de inflação e recessão históricas, podendo ainda suceder que tal movimentação possa baixar ainda mais a vontade popular de manter o apoio a Kiev que os lideres da União Europeia, especialmente a Presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, do chefe da diplomacia de Bruxelas, Joseph Borrell, insistem em prolongar e aprofundar, sendo cada vez mais evidentes os sinais de que isso também está a ser menos bem visto nas chancelarias das principais capitais europeias, mas muito apreciado em Washington, o que está também a exponenciar um público mal-estar entre europeus e norte-americanos devido ao efeito de refluxo das sanções e do conflito em si.
Se vai ser possível, só com o passar do tempo se saberá, mas há um dado que os lideres europeus têm estado a sublinhar, que é o facto de este Inverno, apesar de severo, está longe de ser um dos mais frios dos últimos anos, sendo mesmo dos mais amenos de sempre... E nada garante que no ano que vem, tal se repita.
Contexto da guerra na Ucrânia
A 24 de Fevereiro as forças russas iniciaram a invasão da Ucrânia por vários pontos, tendo o Presidente russo dito que se tratava de uma "operação militar especial", sublinhando que o objectivo não é a ocupação do país vizinho, condição que evoluiu depois para a anexação de territórios no Donbass mas também as regiões de Kherson e Zaporijia, mas sim a sua desmilitarização e desnazificação e assegurar que Kiev não insiste na adesão à NATO, o que Moscovo considera parte das suas garantias vitais de segurança nacional.
O Kremlin critica há vários anos fortemente o avanço da NATO para junto das suas fronteiras, agregando os antigos membros do Pacto de Varsóvia, organização que também colapsou com a extinção da URSS, em 1991.
Moscovo visa ainda garantir o reconhecimento de Kiev da soberania russa da Península da Crimeia, invadida e integrada na Rússia, depois de um referendo, em 2014, e ainda a independência das duas repúblicas do Donbass, a de Donetsk e de Lugansk, de maioria russófila, que o Kremlin já reconheceu em Fevereiro, tendo acrescido a esta reivindicação as províncias de Kherson e Zaporijia, depois da realização de referendos que a comunidade internacional, quase em uníssono, não reconhece.
Do lado ucraniano, a visão é totalmente distinta e Putin é acusado de estar a querer reintegrar a Ucrânia na Rússia como forma de reconstruir o "império soviético", que se desmoronou em 1991, com o colapso da União Soviética.
Kiev insiste que a Ucrânia é una e indivisível e que não haverá cedências territoriais como forma de acordar a paz com Moscovo, sendo, para o Presidente Volodymyr Zelensky, essencial o continuado apoio militar da NATO para expulsar as forças invasoras.
A organização militar da Aliança Atlântica está a ser, entretanto, acusada por Moscovo de estar a desenrolar uma guerra com a Rússia por procuração passada ao Exército ucraniano, o que eleva, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, o risco de se avançar para a III Guerra Mundial, com um confronto directo entre a Federação Russa e a NATO, que tanto o Presidente dos EUA, Joe Biden, como o Presidente Vladimir Putin, da Rússia, já admitiram que se isso acontecer é inevitável o recurso ao devastador arsenal nuclear dos dois lados desta barricada que levaria ao colapso da humanidade tal como a conhecemos.
Esta guerra na Ucrânia contou com a condenação generalizada da comunidade internacional, tendo a União Europeia e a NATO assumido a linha da frente da contestação à "operação especial" de Putin, que se materializou através de bombardeamentos das principais cidades, por meio de ataques aéreos, lançamento de misseis de cruzeiro e artilharia pesada, e com volumosas colunas militares a cercarem os grandes centros urbanos do país, mas que agora está concentrada no leste e sudeste da Ucrânia.
Na reacção, além da resistência ucraniana, Moscovo contou com o maior pacote de sanções aplicadas a um país, que está a causar danos avultados à sua economia, sendo disso exemplo a queda da sua moeda nacional, o rublo, que chegou a ser superior a 60%, embora já tenha, entretanto, recuperado.
Estas sanções, que já levaram as grandes marcas mundiais a deixar a Rússia, como as 850 lojas da McDonalds, a mais simbólica, abrangem ainda os seus desportistas, artistas, homens de negócios, a banca e grande parte das suas exportações, ficando apenas de fora o sector energético, do gás natural e em pate do petróleo...
Milhares de mortos e feridos e mais de 5,5 milhões de refugiados nos países vizinhos da Ucrânia são a parte visível deste desastre humanitário.
O histórico recente desta crise no leste europeu pode ser revisitado nos links colocados em baixo, nesta página.