A vítima é uma mulher que vivia próximo da cidade de Butembo, no Kivu Norte, que esteve no epicentro da epidemia de Ébola que entre Agosto de 2018 e finais de 2020, provocou mais de 2 mil mortos, sendo a segunda mais letal de sempre, depois de entre 2"13 e 2014, na África Ocidental, terem morrido mais de 11 mil pessoas com esta febre hemorrágica.
Segundo informou o ministro da Saúde congolês, a mulher teve os seus primeiros sintomas a 01 de Fevereiro, numa pequena localidade, Biena, tendo, pouco depois, falecido num hospital de Butembo, avançaram os media congoleses.
Uma das razões para que as preocupações estejam de novo a ser sentida é que esta vítima era a mulher de um agricultor que sobreviveu ao vírus na mais recente epidemia, não se sabendo até ao momento se existe alguma relação com o facto de ter agora adoecido também.
No entanto, segundo um estudo do New England Journal of Medicine, citado pelo The Guardian, o vírus do Ébola pode persistir activo no sémen dos sobreviventes do Ébola por uns longos três anos, o que é uma forte possibilidade para este regresso da doença a esta região, embora possa igualmente ser encarado como um caso único e, até ver, sem extensão para a restante comunidade.
Mas, se assim não for, a RDC está neste momento a iniciar a sua 12ª epidemia de Ébola deste que a infecção transitou dos macacos selvagens para a comunidade humana, em 1976, na província congolesa do Equador, junto ao rio com o mesmo nome, Ébola.
Este possível recomeço, ou início de uma nova epidemia, surge menos de 4 meses depois de a epidemia anterior nesta região ter demorado 2 anos a extinguir e depois de, na mesma altura, em Agosto, quando ainda subsistia no leste, ter surgido uma outra no Equador, junto à fronteira com a República do Congo, no oeste da RDC, e junto ao Rio Congo, que matou mais de 50 pessoas.