Joe Biden usou as redes sociais para dizer que vai afastar-se da corrida presidencial depois de várias semanas de pressão, quer por parte dos seus adversários políticos quer por parte de vários aliados do seu partido.
"Foi a maior honra da minha vida servir como vosso Presidente", escreveu Joe Biden num comunicado divulgado na rede social X. "
E se bem que a minha intenção fosse tentar a re-eleição, acredito que é no melhor interesse do meu partido e do país que me afaste e me concentre unicamente no cumprimento dos meus deveres como Presidente durante o que resta do mandato", acrescentou.
"Falarei ao país esta semana para dar mais detalhes sobre a minha decisão", lê-se no comunicado
Joe Biden fez o anúncio neste Domingo, 21, mas foi no desastroso debate com Donald Trump há cerca de três semanas que a porta de saída ficou entreaberta.
E, como o Novo Jornal notava aqui, a sua saída ficou mais clara como opção incontornável depois de ter dito que só uma doença grave o levaria a sair e no dia seguinte ter anunciado que tinha contraído Covid-19.
Com o atentado contra o candidato republicano, o ex-Presidente Trump, há uma semana, Biden ficou sem chão para se manter na corrida Presidencial.
Porque se bater o seu rival na condição de "homem" era muito, muito difícil, um braço-de-ferro eleitoral com um "renascido", que a sua propaganda colou à imagem de Cristo, ficou pouco menos que impossível.
E para piorar o cenário, os doadores, que meteram ou prometeram milhões de dólares para financiar a sua campanha, ameaçaram retirar os apoios se BIden se mantivesse na corrida.
Por mais que a família quisesse que ele fizesse finca-pé, Biden viu-se obrigado a sair.
E para o seu lugar na condição de candidato democrata, Biden escolheu Kamala Harris, a sua vice-Presidente.
Mas nem por isso as possibilidades de o Partido Democrata melhoram a partir de agora, porque as sondagens quase diárias que são feitas nos EUA, Kamala Harris aparece com tendências de voto muito semelhantes a Biden, ou seja, pouco simpáticas...
Mas a questão da idade pode reverter-se e passar a ser um problema para Trump e para o Partido Republicano.
A diferença, notam os analistas, é que Kamala Harris tem mais vigor físico e mental para procurar virar o resultado quando faltam cerca de quatro meses para o dia das eleições, e fazer tudo para que esta campanha não seja um passeio triunfal para Donald Trump.
"Acredito que é do interesse do país que me afaste e me concentre apenas em servir como Presidente durante o resto do mandato", disse Biden
"A primeira decisão como candidato em 2020 foi escolher Kamala Harris para vice-presidente. E foi a melhor decisão que tomei. E quero oferecer-lhe o meu total apoio para ser a candidata do nosso partido este ano", escreveu nas redes sociais.
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