Tudo estava pendurado pelos resultados nos estados oscilantes, ou "swing states", mas, depois de ter garantido a Carolina do Norte e o Arizona, faltava saber como seria na Pensilvânia e, segundo as antecipações dos media norte-americanos, também esse estado estaria garantido.

Foi o suficiente para Donald Trump subir ao púlpito e anuciar ao mundo que é com ele que vai ter de lidar nos próximos quatro anos, mesmo faltando, perto das 08:30, hora de Luanda, desta quarta-feira, 06, ainda pelo menos cinco grandes eleitores do colégio eleitoral para a certificação definitiva, enquanto inquilino da Casa Branca.

Para garantir a entrada directa na Casa Branca, Donald Trump tem de obter pelo menos 270 dos 538 votos do colégio eleitoral.

O sistema eleitoral norte-americano não elege directamente o Presidente, elege antes, estado a estado, um número de grandes eleitores que resulta da sua população, e que, no final da contagem, "votam" no nome que querem para liderar o país.

Tinha 266 quando anunciou ser o 47º Presidente dos EUA.

Entretanto, segundo os números apurados até cerca das 08:30, os republicanos tinham igualmente garantido a maioria da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do Congresso.

Mesmo com votos ainda por apurar, Trump anunciou igualmente que o seu Partido Republicano conquistou a maioria igualmente no Senado, a outra câmara do Congresso.

Nas primeiras declarações feitas a partir da Florida, Donald Trump não foi parco na escolha da grandeza das palavras para se referir à sua vitória, erguida em cima do "maior movimento político de sempre porque nunca se viu nada assim nos EUA".

"Esta será a grande época dourada da América", garantiu, no que pode ser lido, e está a ser lido pelos analistas, como uma indicação de que Trump vai olhar para dentro no seu mandato, até 2028, como, de resto, fez na sua passagem pela Casa Branca.

E continuou com a tónica de grandiosidade que lhe é comum, mesmo antes de a democrata reconhecer a derrota, que vai "ajudar o país a curar-se" da infecção republicana, supõe-se, desde as fronteiras à ecoomia, com destaque para as curas prometidas de "maior expulsão de ilegais da história" à inflação que está a afogar os americanos dos EUA.

"É uma vitória como o país nunca antes viu", disse, para depois, na sua única frase relativamente humilde, acrescentar: "Agradeço ao povo americano a honra extraordinária de me ter elegido" e permitido "voltar pelo futuro, pelas famílias e por todos os amercianos".

Prometeu que não descansará enquanto a América não voltar a ser "grande e feliz" de novo, prometendo "a grande época dourada dos EUA".

Repetiu que foi um resultado "incrível" que vai permitir fechar as fronteiras e expulsar os imigrantes ilegais.

Elogiou o seu aliado Elon Musk e brincou com o seu vice, J. D. Vance, admitindo que, "afinal" foi uma boa escolha, depois de os media lhe terem dedicado especial atenção crítica e agressiva.

"Temos pessoas inacreditáveis ao nosso lado. Estas pessoas foram incríveis. Fizeram esta caminhada comigo e vamos deixar-vos muito felizes e orgulhosos do vosso voto. Espero que um dia olhem para trás um dia e digam que este foi um dos momentos realmente importantes da minha vida, quando votei por este grupo de pessoas", disse.

A confirmar-se, isso significará que Trump passa a ser o "Imperador" dos United States of America...