O Governo de Londres aprovou esta polémica solução para aquilo a que chama "excesso de migrantes" que todos os anos entram ilegalmente nas ilhas britânicas, argumentando com os elevados de acolhimento durante os complexos e longos períodos de análise dos pedido de asilo.

A deportação dos migrantes ilegais nasceu o seio do Governo do Partido Conservador por iniciativa do igualmente controverso primeiro-ministro Boris Johnson, entretanto expulso do Governo devido a comportamento indecoroso durante a pandemia da Covid-19, tendo sido, todavia, seguido pelos seus sucessores, incluindo o actual chefe do Executivo, Rishi Sunak, também ele descendente de imigrantes.

Com todas as organizações nacionais e internacionais de defesa dos Direitos Humanos a criticarem este projecto fascista de solução para expulsar do reino Unido os migrantes que aportam às ilhas, muitas vezes para fugirem de cenários de miséria e guerra, a Justiça britânica viu-se na obrigação de analisar a questão.

Mas isto está a suceder depois de o primeiro voo experimental ter sido evitado à última da hora e outros terem sido travados in extremis por vontade de várias ONG, que introduziram processos de contestação judicial urgentes no Tribunal de Apelo de Londres, que julgou procedentes as queixas, obrigando o Tribunal Supremo a ter de se pronunciar da sua "constitucionalidade".

Este programa de deportação foi assinado com o Governo ruandês já há alguns anos e prevê que os milhares de migrantes, independentemente da sua origem, e condição, nomeadamente com questões políticas graves pendentes em países com quem o Ruanda, cujo Governo tem um trajecto ignominioso no capítulo dos direitos civis, tenha boas relações, sejam enviados para Kigali, onde deixarão de ser um prolema britânico para passarem a ser uma questão para o país africano solucionar.

Para aceitar este acordo, como o Novo Jornal noticiou na altura, Londres iria pagar a Kigali entre 15 mil e 20 mil USD, além de um pacote global de mais de 150 milhões USD inicial. (ver histórico em baixo nesta página).

Do resultado da decisão desta máxima instância jurídica britânica, como notam os media locais, vai depender o destino e o futuro de largas centenas de milhares de migrantes que se encontram actualmente no Reino Unido a aguardar por um pronunciamento sobre o seu estatuto de exilado.