As Nações Unidas estimam que quase metade da população precisa de ajuda humanitária e que 918 mil pessoas já foram forçadas a deixar as suas casas em busca de água, comida ou pasto, incluindo grupos minoritários.
A ONU revela igualmente que 17 distritos da Somália enfrentam uma "forte possibilidade de fome", enquanto as colheitas continuam a deteriorar-se, os preços dos alimentos continuam a subir e a entrega de ajuda humanitária está a tornar-se uma tarefa "insustentável".
A ausência de chuvas por quatro estações seguidas criou as condições para a pior seca hidrológica no país nos últimos 40 anos, com as plantações de feijão e milho a mirrarem em terras onde jazem cadáveres de cabras e burros.
"Sem aumento da assistência, a seca levará a um êxodo da população, acompanhado de doenças contagiosas e violações de direitos humanos no país", refere a ONU.
Doenças comuns e evitáveis, como o sarampo e a diarreia, têm sido as principais causas de morte entre crianças na Somália e na Somalilândia. A escassez generalizada de água e a insegurança alimentar abrem caminho a estas doenças que se espalham rapidamente.