São cerca de 17,5 milhões de eleitores que estão a assumir a responsabilidade de eleger o seu próximo Presidente da República, que substituirá o actual, Filipe Nyusi, que chega agora ao fim do seu segundo mandato e último constitucionalmente permitido.
A CNE faz uma avaliação positiva da votação e, segundo o seu porta-voz, citado pelos media locais, "todo o processo tem corrido de fora ordeira", apesar de Paulo Cuinica ter avançado que foram registados atrasos em várias assembleias de voto, que foram corrigidas rapidamente, especialmente no exterior.
Segundo a Lusa, as mesas de votação nas eleições gerais moçambicanas começaram a abrir às 07:00 (06:00 em Luanda), com ligeiros atrasos em alguns pontos, e vão funcionar até às 18:00 locais.
A CNE recenseou 17.163.686 eleitores para esta votação, incluindo 333.839 que vão votar em sete países africanos e dois europeus.
Desde a sua independência, Moçambique já foi a votos sete vezes, com a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) a manter o poder deste o primeiro dia de abertura ao multipartidarismo na década de 1990, embora os analistas admitam que na quarta-feira, 09, terão lugar as eleições mais renhidas de sempre.
No boletim de voto como candidatos a Presidente da República vão estar Daniel Chapo, da Frelimo, Ossufo Momade, da Renamo, o maior partido da oposição, Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique, e, por fim, Venâncio Mondlane, que conta com o apoio do Podemos.
Da análise feita nos últimos dias pelos media moçambicanos e internacionais, percebe-se que a Frelimo dificilmente deixará de eleger, de novo, o seu candidato para Chefe de Estado e de Governo, mas por uma margem pequena, sendo que está tudo em aberto para os restantes órgãos em disputa.
Perto de 17,5 milhões de eleitores estão registados para votar e escolher o próximo Presidente do país lusófono do Índico, além dos 250 deputados no Parlamento e milhares nas assembleias provinciais.
Além de recuperar a difícil situação da economia nacional, os candidatos têm apostado na estabilização de Cabo Delgado, a martirizada província do norte do país onde uma agressiva insurgência radical islâmica tem gerado anos a fio de caos e morte, além de danos na economia local e nacional.
Rica em recursos naturais, especialmente gás natural, Cabo Delgado é, desde 2017, palco de uma frente de guerra entre as forças moçambicanas, com apoio de vários países, incluindo Angola e ouros da África Austral, e rebeldes islâmicos radicais, impondo vagas de deslocados envolvendo quase dois milhões de pessoas.
Enquanto a Frelimo insiste na continuidade do trabalho em curso para tirar Moçambique do subdesenvolvimento, a oposição procura sublinhar que se quase 50 anos de poder não foi suficiente, não é agora que vai ser diferente.
A questão da fraude eleitoral e o combate à corrupção é um tema igualmente em cima da mesa de forma permanente.
No boletim de voto como candidatos principais a Presidente da República vão estar Daniel Chapo, da Frelimo, Ossufo Momade, da Renamo, o maior partido da oposição, Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique, e, por fim, Venâncio Mondlane, que conta com o apoio do Podemos.
A publicação dos resultados da eleição presidencial pela CNE, caso não haja segunda volta, demora até 15 dias, antes de seguirem para validação do Conselho Constitucional, que não tem prazos para proclamar os resultados oficiais após analisar eventuais recursos.