As eleições federais alemãs foram as mais disputadas em muitos anos, como o demonstra a escassa margem com que, apesar de tudo, Scholz, do SPD, que foi ministro das Finanças de Merkel, venceu, com menos de 2% de vantagem, a CDU, democrata-cristã, de Armin Laschet.

Como sucede normalmente, a nova configuração do poder na Alemanha vai, agora, depender de negociações que podem durar meses, onde entram as tradicionais "muletas" que são A Esquerda e Os Verdes.

Entretanto, em Portugal...

Nas eleições autárquicas que também decorreram no Domingo, o Partido Socialista do actual primeiro-mnistro, António Costa, voltou a ganhar em número de autarquias conquistadas, mas sofreu derrotas inesperadas em algumas importantes cidades do país, como é o caso mais sonoro de Lisboa, mas também Coimbra e Funchal.

Foi, alias, a vitória do social-democrata Carlos Moedas, em Lisboa, coligado com os centristas-cristãos do CDS, que deve permitir ao líder do PSD manter-se na chefia do maior partido da oposição parlamentar, acossado que está por vários putativos candidatos ao lugar.

Outro derrotado da noite eleitoral portuguesa foi a CDU, coligação que integra o Partido Comunista, que perdeu vários municípios, quase todos para o PS.

Na noite de contagem dos votos o PS somou 147 dos 308 municípios, o PSD 109, enquanto a CDU ganhou apenas em 19.

Um elemento que se destaca deste pleito autárquico em Portugal é que 18 das 308 câmaras municipais foram agora conquistadas por listas independentes, embora algumas tenham obtido o apoio de partidos políticos, mas que, apesar disso, abriu um espaço evidente do poder a cidadãos não integrados por forças partidárias.