"Aqui tivemos ontem uma candidatura com todos os órgãos públicos presentes. Onde estão agora?", questionou Adalberto Costa Júnior, fazendo referência ao seu adversário Rafael Sakaita Massanga Savimbi, que nos seus actos tem tido uma cobertura massiva dos órgãos do Estado.
"A culpa não é do nosso companheiro, é do partido que intoxica a mente dos cidadãos com falsas informações", acrescentou, frisando que a ausência dos meios públicos nas suas actividades é um entrave ao fortalecimento da democracia angolana.
Adalberto Costa Júnior, que já esteve nas províncias de Malanje, Bengo, Cuanza Norte, Luanda e Icolo, Bengo e Zaire, entende que comunicação social pública, financiada pelo Estado, deve servir o interesse da sociedade como um todo, e não exclusivamente os interesses do poder Executivo e do seu partido.
Adalberto Costa Júnior, que pediu mais um mandato para os próximos anos, lembrou que nas eleições de 2022 o seu partido venceu, mas a falta de democracia levou a que não fosse Governo hoje.
O ainda líder da UNITA diz que em 2027 haverá alternância política no País e pede união aos militantes do seu partido e da população em geral para derrotarem o MPLA, no poder desde a independência nacional, em 1975.
Adalberto Costa Júnior e Rafael Sakaita Massanga Savimbi concentram esforços para ganhar mais visibilidade e mobilizar eleitores nas províncias por onde passam à "caça" de votos, com os discursos virados para a unidade no seio do partido.
Depois da província de Luanda, onde abriu a sua campanha eleitoral, Rafael Massanga Savimbi prometeu, na segunda-feira, 03 na província do Icolo e Bengo, o reforço da unidade e coesão no seio do partido, caso vença as eleições, visando alcançar a alternância política no pleito de 2027.
"Enquanto candidato à presidência da UNITA, entendo que o nosso país enfrenta desafios sérios: o desemprego crescente, a falta de acesso ao crédito, o encerramento de empresas e a fragilidade do ambiente económico", disse.
Referiu que para que Angola entre num verdadeiro caminho de crescimento e desenvolvimento é essencial apostar na iniciativa privada, valorizando e apoiando as micro, pequenas e médias empresas - que são o motor da economia e a fonte de emprego para milhares de famílias.
O filho do fundador da UNITA segue esta terça-feira, 04, para a província do Uíge, onde vai apresentar o seu projecto para o partido e para o Paús aos eleitores.
Na província do Zaire, Adalberto Costa Júnior elogiou a forma como foi recebido pelo governador provincial, Adriano Mendes de Carvalho.
"É esta Angola de tolerância, de diálogo e de valores acima das diferenças políticas que desejamos e sonhamos. Uma Angola onde o interesse nacional se sobrepõe aos interesses partidários", destacou.
"Vamos dialogar com os militantes e cidadãos, partilhando a visão que inspira a nossa caminhada, e renovar compromissos com o futuro de Angola. Mesmo sendo uma segunda-feira, dia normal de trabalho, as ruas encheram-se de cor, fé e entusiasmo. Um gesto que reflete o espírito de um povo que acredita na mudança e abraça a esperança", acrescentou.
Nas províncias por onde passou Adalberto Costa Júnior, como líder da oposição, tem falado sobre o sofrimento dos angolanos, associando-o a questões como a falta de acesso a recursos básicos como electricidade e água, e à pobreza extrema das pessoas.
Criticou o Governo, que considera responsável por esta situação, e também aponta para a corrupção como um dos principais problemas.
O Congresso Ordinário da UNITA terá lugar nos dias 28, 29 e 30 de Novembro, em Luanda, com o lema "Unidos para a Alternância, Estabilidade e Desenvolvimento".
O principal objectivo do evento é eleger o próximo presidente do partido, rever os estatutos e programas da organização e aprovar o programa de governação, tendo em vista as eleições de 2027

