O porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, em declarações ao Novo Jornal Online, lembrou que nomear e exonerar as chefias militares é uma prerrogativa e competência do Presidente da República consagrada constitucionalmente, na qualidade de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA).

"Ninguém se surpreendeu. Era de se esperar depois do processo de exonerações iniciado pela nova direcção do País", expôs ao Novo Jornal Online o porta-voz do principal partido da oposição, que não se tinha ainda pronunciado desde a exoneração do general Geraldo Sachipengo Nunda, a 23 de Abril.

Questionado pelo Novo Jornal Online, logo após a exoneração mas com resposta hoje devido a diversos afazeres, se a exoneração poder ter algum suporte no passado militar do general Nunda, que abandonou as forças armadas da UNITA em Janeiro de 1993, passando a integrar as FAA, Alcides Sakala optou por não comentar.

O também deputado à Assembleia Nacional reiterou que "cabe ao Presidente da Republica nomear e exonerar o Chefe do Estado-Maior General depois de ouvido o Conselho de Segurança Nacional".

Recorda-se que o Presidente da República, João Lourenço, exonerou no mês passado, Geraldo Sachipengo Nunda, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, tendo este sido substituído por António Egídio de Sousa Santos.

A 26 de Março foi divulgado que o general de exército (a mais alta patente angolana) Geraldo Sachipendo Nunda, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, foi constituído arguido num processo de alegada tentativa de burla ao Estado de 50 mil milhões dólares.

Geraldo Sachipengo Nunda foi nomeado CEMGFAA em 2010 pelo ex-presidente da República, José Eduardo dos Santos.