A responsável, detida na sequência de buscas que culminaram com a apreensão de documentos e computadores no seu escritório, fica proibida, em obediência à medida de coação, de sair do País.
O Ministério Público junto dos órgãos de Polícia Criminal em Benguela aponta para "fortes indícios" de peculato, tráfico de influência, abuso de poder e corrupção passiva de funcionário.
Em reacção, o jurista Chipilica Eduardo sublinha que os receios de fuga e perturbação na instrução processual foram considerados insuficientes para uma prisão preventiva, a mais gravosa das medidas de coação.
"A medida ora aplicada é, acredito, ajustada ao processo", sublinha o analista, ao ressaltar que Gizela Rodrigues aguarda, agora, pelos termos processuais subsequentes, que podem ou não acabar em acusação pública.
Segundo apurou o NJ na sequência de uma denúncia de funcionários do sector, a responsável é suspeita de descaminho de verbas e má distribuição de dezenas de habitações.
Muitas delas, conforme as informações disponíveis, fazem parte de um lote apreendido pela Procuradoria-Geral da República, entre 2022 e 2024, quando vários funcionários do Governo Provincial de Benguela foram detidos por envolvimento num esquema fraudulento.