"Já visitámos as províncias do sul do País, onde a pobreza e a fome tomou conta das pessoas. Em algumas áreas as pessoas alimentam-se de ração animal. Na região norte, pelas informações que temos, a situação também é preocupante", disse ao Novo Jornal o presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes.

Face à situação, o líder da CASA-CE defendeu a importância de políticas adequadas do Executivo, com vista a promover o emprego e a coesão social, "com as devidas políticas nacionais articuladas com os instrumentos disponíveis".

"Com a perda dos empregos de muitos angolanos por culpa da covid-19 e não só, um número cada vez maior de angolanos está a cair na pobreza absoluta, referiu, sublinhando que, no final desta visita, a direcção da CASA-CE vai submeter aos órgãos competentes, nomeadamente na Assembleia Nacional, um relatório sobre a situação das populações.

"Angola está com muitos problemas económicos, resultante da má governação e das crises económica e sanitária. Por isso, a situação actual da população inspira cuidados", acrescentou.

Questionado sobre a situação interna, Manuel Fernandes reafirmou a coesão da coligação, minimizando informações que têm circulado nos últimos dias sobre o "ambiente de instabilidade" entre os seus membros.

"Estamos positivamente a passar por um ambiente muito aceitável do ponto de vista da dinâmica interna. Todas as informações que circulam sobre a instabilidade política interna não correspondem à verdade", concluiu.

A CASA-CE foi fundada em 2012 e é uma coligação de seis partidos políticos - Bloco Democrático (BD), Partido Pacífico Angolano (PPA), Partido Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola - Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e Partido Democrático Popular de Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA).