A informação foi avançada já ao cair da noite desta terça-feira pelo coordenador da comissão, o ministro de Estado da Casa de Segurança do Presidente da República, general Francisco Pereira Furtado.

Os partidos políticos, MPLA e UNITA, duas das principais forças políticas do País que realizaram actividades que juntaram milhares de pessoas, reconheceram que estiveram mal e prometeram redobrar esforços para cumprirem as normas do decreto presidencial sobre a situação de calamidade pública.

Paulo Pombolo, secretário-geral do MPLA, assumiu que o seu partido falhou na implementação das orientações que o partido enviou aos comités provinciais do partido.

"A nível da estrutura central do partido vamos monitorar e acompanhar este processo. Não houve do nosso lado intenção propositada para o não acatamento do decreto presidencial sobre a situação de calamidade pública", referiu.

Lázaro Kukunha, secretário-geral adjunto da UNITA, disse aos jornalistas que a sua força política não desrespeitou a observação das medidas de biossegurança, mas que vai acatar as medidas estabelecidas implementadas pelo Executivo.

A ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, apelou aos partidos políticos que respeitem, rigorosamente, as normas sanitárias, para não termos um aumento exponencial de novas infecções.

De recordar que o fim-de-semana ficou marcado por um acto político promovido pelo MPLA, sobretudo pela chuvada de críticas que se seguiu ao acontecimento que juntou milhares de militantes, no Largo das Escolas, em Luanda. Mas não foi só o MPLA a não cumprir o decreto presidencial. Também a UNITA tem juntado, à passagem de Adalberto Costa Júnior, milhares de pessoas, como o comprovam as várias fotografias e vídeos que o "Galo negro" vai divulgando nas redes sociais e vão sendo alvo de críticas por parte dos internautas (ler aqui).

Durante o encontro com os partidos políticos com assento parlamentar, o coordenador da Comissão Multi-sectorial de Combate à Covid-19, Francisco Pereira Furtado, disse que o Executivo vai melhorar os mecanismos no próximo decreto presidencial e irá definir as prioridades dos sectores que mais são prejudicados com os efeitos da pandemia.

" O País precisa de melhorar, já estamos a pensar desafogar a situação que, de facto, a pandemia está a causar ao País", disse o coordenador referindo-se aos restaurantes e bares, assim como às actividades culturais.

As próximas medidas serão conhecidas no dia 09 de Julho, informou.