"Nós também temos essas informações, de algum modo. Não as temos tão oficialmente assim, mas temos por algumas vias, de que há alguma intenção de criar alguns distúrbios, incluindo em Angola e países vizinhos", disse hoje aos jornalistas o ministro das Relações Exteriores angolano.
Georges Chikoti reagia às denúncias tornadas públicas esta semana pelo director da rádio católica angolana, Quintino Kandandji, sobre a existência de organizações internacionais, nomeadamente a União Europeia, que financiam órgãos de comunicação social em Angola com vista a derrubar o poder.
"Acho que é muito importante que a nossa sociedade e a nossa imprensa estejam preparados para que não se vá no sentido do que alguns países gostariam de fazer aqui. Nós estamos relativamente bem avisados sobre algumas intenções, mas o mais importante é que os angolanos estejam atentos", afirmou ainda o ministro.
O chefe da diplomacia angolana falava à margem de uma cerimónia oficial em Luanda, tendo avisado, questionado pela Lusa, que o país tem de se precaver contra estas acções, voltando a falar nas críticas públicas da União Europeia à decisão da Justiça, em Angola, que condenou 17 activistas a penas de até oito ano e meio de prisão.
"Nós não fazemos Justiça para satisfazer a União Europeia e muito menos a União Europeia deve fazer pressão a Angola para que as coisas corram no interesse deles", apontou o ministro.