"Essa é mais do que uma crise económica" explica fazendo referência a irresponsabilidade na governação do actual Executivo. Para o líder do Galo Negro "o preço do petróleo flutuou sempre desde que se descobriu este precioso recurso".

"A causa da crise actual não é a queda do preço do petróleo mas sim, a ausência de uma visão nacional e de uma estratégia de governação de longo prazo, por parte do executivo liderado pelo Presidente José Eduardo dos Santos", apontou.

Na sua opinião, a irresponsabilidade, a corrupção, a arrogância, a miopia politica, a falta de transparência e a prática de exclusão que caracterizam este executivo, são as causas principais da chamada "crise" em que o País se encontra, conducente à generalização da pobreza, tanto no meio urbano como no meio rural.

"O nível actual de endividamento já faz de Angola um cliente de risco para a China e, sendo o petróleo a única garantia destes empréstimos, seria ingénuo da parte do nosso executivo esperar que a China continue a concedê-los sem contrapartidas que comprometam a nossa liberdade económica e até mesmo a nossa independência política", disse. Lamentou que nos últimos 12 meses os angolanos venham assistido à acentuação daquilo a que se convencionou chamar "crise económica".

"O declínio da nossa economia é ineludível. Reflecte-se na escassez de bens de consumo no mercado, nos preços que disparam todos os dias, nos salários que tardam a chegar, na desvalorização do kwanza que levamos no bolso, nas empresas que declaram sucessivamente bancarrota e encerram as portas, na aceleração do desemprego e na deterioração dos serviços públicos", concluiu.