O Comando Provincial da Polícia do Uíge é acusado de estar a agir de forma parcial diante do conflito que envolveu as duas maiores forças do cenário político nacional, ocorrido no Sábado, 19, no município do Sanza Pombo, província do Uíge, pelo facto de, alegadamente, só terem sido detidos militantes da UNITA.

A denúncia foi feita ao Novo Jornal pelo secretário provincial do «galo negro» local, Félix Lucas, que lamenta que os órgãos de segurança estejam, de "forma parcial", e sem um "processo de investigação", a "capturar selectivamente" os dirigentes comunais, municipais e provinciais do seu partido. Entre os pouco mais de 35 detidos, segundo cálculos de Félix Lucas, está Olavo Castigo, um dos mais influentes membros da UNITA no Uíge.

Já o MPLA considera-se vítima da UNITA, a quem acusa de ter vandalizado as suas infra-estruturas, incluindo bens públicos, como a Rádio Nacional de Angola local.

Entretanto, face à gravidade das acusações do «galo negro», que põe em causa o republicanismo das forças de segurança interna, o NJ envidou esforço para ouvir o porta-voz da polícia no Uíge, mas sem sucesso. Entretanto, alto quadro do Comando-Geral da Polícia Nacional desvaloriza as acusações da UNITA, considerando que era de se esperar tal postura, sendo que, segundo o mesmo, a polícia está a deter apenas pessoas envolvidas no conflito.

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