A informação já tinha sido avançada pelo Novo Jornal em Maio, mas agora foi confirmada pelo presidente da UNITA, que afirma que as negociações entre as três forças políticas têm estado a correr bem, tendo em conta que têm um objectivo comum: Afastar o MPLA do poder nas eleições de 2022.
Numa entrevista à televisão portuguesa RTP, Adalberto Costa Júnior dá conta de que está na recta final das negociações com os partidos que integram esta Ampla Frente para a Alternância em Angola.
Segundo o presidente da UNITA, o momento que o País vive, que é "de grande grande preocupação", nomeadamente no que respeita ao que chama "intolerância política" e "má gestão" por parte do executivo liderado por João Lourenço, justifica um Governo de Salvação Nacional.
Para Adalberto Costa Júnior, e em resposta à jornalista da RTP África, juntar-se-ão a esta "frente patriótica" todos os que procurem "um pouco de esperança"
"Sozinhos não se vai a lado nenhum", defendeu Adalberto Costa Júnior, para falar da necessidade de união dos partidos da oposição com vista a enfrentar a crise que se instalou no País.
Aliás, a Ampla Frente para a Alternância em Angola divulgou hoje um breve comunicado em que afirma que o presidente da UNITA, o coordenador do projecto político PRA-JA, o presidente e o ex-presidente do Bloco Democrático, Filomeno Viera Lopes e Justino Pinto de Andrade, respectivamente, estiveram reunidos, na tarde desta terça-feira, 27 de Julho de 2021, em Luanda, tendo concertado acções a desenvolver no âmbito desta frente que aglutina três forças políticas da oposição.
Adalberto, que esteve na entrevista à RTP África não só como líder da UNITA, mas também como porta-voz dessa frente que "quer mudar o rumo do País", e que considera" ir ao encontro da maioria dos angolanos", disse que ainda não estão definidos os nomes que vão pontificar nesta Ampla Frente para a Alternância em Angola.
No entanto, e também como avançou o Novo Jornal em Maio, Adalberto terá já sido escolhido como liider, enquanto Chivuluvuku tem sido apontado como número dois.
Recorde-se que Abel Chivukuvuku, antigo dirigente da UNITA e ex-líder da CASA-CE, já tinha admitido apoiar outro candidato que não ele para derrotar João Lourenço e o MPLA nas Presidenciais de 2022 se não conseguisse legalizar o seu PRA-JA Servir Angola. Adalberto Costa Júnior tem também vindo a afirmar o empenho do seu partido em liderar uma ampla frente democrática para materializar a alternância do poder político em Angola, e o Bloco Democrático, liderado por Filomeno Viera Lopes que tem como número dois outro apoiante desta aliança política, Justino Pinto de Andrade, assumiu, em Maio, o distanciamento daquele que tem sido o alinhamento da CASA-CE, quando todos eles participaram numa reunião "secreta" que, segundo uma fonte do Novo Jornal presente no encontro, tem trabalhado na composição da futura lista dos candidatos a deputados, tendo em conta esta Ampla Frente para a Alternância em Angola