"Em nome do executivo que dirijo, desejo a todos as boas-vindas a Angola e espero que possam desfrutar da hospitalidade, solidariedade e amizade do povo angolano para com os nossos países amigos da comunidade lusófona", afirmou, acrescentando que o facto de a reunião ser presencial é "revelador da importância que os países atribuem à organização", que constitui uma "plataforma multilateral de coordenação de ideias e de articulação de acções".
Durante a manhã será debatido o reforço da cooperação económica, que Angola pretende fortalecer durante a sua presidência. O lema desta conferência é, de resto, "Fortalecer e Promover a Cooperação Económica e Empresarial em tempos de pandemia, em prol do desenvolvimento sustentável nos Estados-membros da CPLP".
Já depois de almoço, cerca das 14:40, terá lugar a sessão solene de encerramento da cimeira, com a assinatura da declaração final pelos chefes de Estado e de Governo e do acordo de mobilidade entre os Estados-Membros da CPLP.
Este acordo será assinado pelos ministros das Relações Exteriores e dos Negócios Estrangeiros na presença dos chefes de Estado e de Governo dos países que integram a CPLP.
A proposta de acordo sobre mobilidade determina um "quadro de cooperação" entre todos os Estados-membros de uma forma "flexível e variável" e, na prática, abrange qualquer cidadão.
Aos Estados é facultado um leque de soluções que lhes permitem assumirem "compromissos decorrentes da mobilidade de forma progressiva e com níveis diferenciados de integração", tendo em conta as suas próprias especificidades internas, na sua dimensão política, social e administrativa.
Neste contexto, têm a "liberdade (...) na escolha das modalidades de mobilidade, das categorias de pessoas abrangidas", bem como dos países da comunidade com os quais pretendam estabelecer as parcerias, escreve a Lusa, citando o documento.
Nesta conferência é ainda aguardado um pronunciamento dos chefes de Estado e de Governo sobre o apoio a dar a Moçambique, para enfrentar a situação de violência na província de Cabo Delgado, bem como sobre os progressos da Guiné Equatorial no que respeita aos compromissos que assumiu quando se tornou membro da organização, em 2014, nomeadamente o da abolição da pena de morte.
Está ainda previsto, no programa consultado pelo Novo Jornal, a entrega do "prémio José Aparecido de Oliveira" ao chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo presidente da CPLP em exercício.
O discurso de encerramento do Presidente, João Lourenço, marcará o final desta cimeira que juntou em Luanda os presidentes de Portugal (Marcelo Rebelo de Sousa), de Cabo Verde, (Jorge Carlos Fonseca), da Guiné-Bissau (Umaro Sissoco Embaló), de São Tomé e Príncipe (Evaristo Carvalho) e da Guiné Equatorial (Teodoro Obiang), bem como o chefe de Estado da Namíbia, Hage Geingob, em representação dos Estados observadores.
De Moçambique era esperada a presença de Filipe Nyusi, mas à última hora o chefe de Estado daquele país invocou motivos de força maior relacionados com a pandemia para não comparecer.
O Brasil está representado pelo seu vice-presidente, Hamilton Mourão, como o Novo Jornal noticiou no dia 5, enquanto Timor-Leste está representado pelo vice-primeiro-ministro, José Maria dos Reis.
Segundo o MIREX, participam igualmente na reunião os primeiros-ministros de Portugal (António Costa), de Cabo Verde (Ulisses Correia e Silva) e de São Tomé e Príncipe (Jorge de Bom Jesus).
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.