Lucas Quilundo falava aos jornalistas no fim de uma reunião da CNE em que foi adaptado o centro de escrutínio tendo em conta as alterações ocorridas na Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais.

Na reunião foram igualmente aprovados o regulamento sobre acreditação e actuação dos órgãos da comunicação social e a cartilha financeira disponibilizada pelo Estado no âmbito da campanha eleitoral.

"Dizer que, a nível de observação internacional, pela quota de observadores que cabe a cada uma das organizações, já nos aproximámos da quota máxima aprovada e já vamos acima de 1900 observadores por credenciar", anunciou.

A Comissão Nacional Eleitoral definiu um limite de 2000 observadores nacionais às eleições de 24 de Agosto, que terão até 30 dias antes das eleições para seguirem os passos necessários neste processo.

Os partidos políticos da oposição insistem que o número de observadores não é suficiente para a cobertura das eleições gerais de 24 de Agosto.

"Teremos 13.238 assembleias de voto e serão admitidos mais de 100 mil membros para integrarem as mesas das assembleias de voto. 2000 Observadores não cobrem as eleições", reclamou o secretário-geral da UNITA, Álvaro Chikwamanga.

O presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, manifestou a sua inquietação com a não publicação, até agora, das listas dos cidadãos registados em Angola e no estrangeiro.

"As listas já deveriam estar publicadas para os cidadãos saberem onde vão votar. Mas até agora não disseram nada. Queremos transparência e lisura eleitoral", disse.

O porta-voz da FNLA, Ndonda Nzinga, referiu que com 2000 observadores muitas assembleias de voto, sobretudo nas zonas rurais, não terão observadores a fiscalizar as eleições.

Estão autorizados a concorrer às eleições gerais de 24 de Agosto os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO e a coligação CASA-CE.

Do total de 14,399 milhões de eleitores esperados nas urnas, 22.560 são da diáspora, distribuídos por 25 cidades de 12 países de África, Europa e América.

A votação no exterior terá lugar em países como a África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), a Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e a República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).

Ainda no continente africano, poderão votar os angolanos residentes no Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi).