Mas o PRS e o PHA não deixaram de criticar a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) porque não publicou os cadernos eleitorais nas zonas em que se registaram, principalmente nos municípios, para que os cidadãos soubessem com certeza onde deveriam exercer o seu direito de voto.
O líder do PRS disse, Benedito Daniel, disse que a CNE não esteve à altura de garantir a transparência e a verdade eleitoral, tendo contribuído largamente para um processo injusto.
"Aproveitamos esta oportunidade para felicitar o MPLA e o seu Presidente, mas a CNE prejudicou o processo eleitoral", disse aos jornalistas Benedito Daniel, cujo partido conseguiu eleger dois deputados nas eleições de 24 de Agosto.
O Partido Humanista de Angola (PHA), aceitou os resultados da CNE, frisando que o dever foi cumprido.
"Felicito o MPLA e o Presidente da República, João Lourenço, e nós aceitamos os resultados definitivos divulgados pela (CNE), disse aos jornalistas Bela Malaquias, salientando que foi lançada a primeira pedra desta obra de humanizar Angola.
Os resultados finais definitivos confirmaram a vitória do MPLA com maioria absoluta nas eleições gerais de 24 de Agosto, assegurando a João Lourenço um segundo mandato na Presidência da República de Angola.
O MPLA obteve 51,17 por cento e 124 deputados e a UNITA 43,96 por cento e 90 deputados.
Entre os partidos mais pequenos, foi o PRS quem chegou mais forte, em 3º, com 1,14%, seguindo-se a FNLA, com 1,06%, a seguir o PHA, com 1,02%. Todos estes partidos com dois deputados eleitos garantidos.
A CASA-CE com 0,76%, a APN com 0,48% e o P-NJANGO com 0,42% dos votos não conseguiram qualquer assento parlamentar.
Dos mais de 14 milhões de eleitores inscritos, votaram 6.454.109, o que corresponde a 44,82%, e não votaram mais de sete milhões, correspondendo a 55,18% de abstenção.
O líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, já anunciou que não reconhece estes resultados e deverá agora seguir-se um período de fonte contestação nos tribunais enquanto João Lourenço anunciou que a "vitória inequívoca" a 24 de Agosto lhe vai permitir governar "com toda a tranquilidade".