O ministro da Administração do Território avançou com esta informação durante um encontro com o corpo diplomático acreditado em Angola, a quem deu informação sobre o processo do registo eleitoral, para as eleições de 2022, que vai ter início no dia 23 deste mês especialmente focado no Balcão Único de Atendimento ao Público (BUAP).

Durante o encontro, Marchy Lopes solicitou o apoio incondicional aos diplomatas para facilitar o visto das equinas técnicas que vão acompanhar o processo de registo eleitoral oficioso que inicia em Janeiro no exterior do País.

O BUAP vai permitir, depois de instalado nos municípios, permitir a inscrição dos angolanos que tenham mais de 18 anos.

O governante explicou que não vai ser feito um registo presencial com atribuição de cartão de eleitor, embora isso possa suceder em casos excepcionais, como locais sem acesso à emissão do BI.

No exterior, todavia, o registo será feito presencialmente nas missões diplomáticas e consulares existentes a partir de Janeiro de 2022.

Os angolanos no exterior vão poder votar em 2022 pela primeira vez, o que obriga a um esforço suplementar para a realização do registo eleitoral.

Mais de 400 mil angolanos no exterior

O director do Instituto dos Assuntos Consulares das Comunidades angolanas no exterior, Júlio Maiato, revelou que existem mais de 400 mil angolanos no exterior do País e Portugal é o país onde estes estão em maior número.

"A Europa constitui 24 por cento da população angolana no exterior. A maioria está em Africa. Estamos a lutar para que os angolanos tenham o BI antes da realização das eleições gerais no próximo ano", disse Júlio Maiato.