Na corrida à diversificação das fontes de electricidade, o Governo angolano está a investir mais de 500 milhões de euros, entregues via contratação simplificada, em sete parques de energia solar fotovoltaica, com 75% da capacidade total na província de Benguela, donde emergem críticas devido ao que se considera ser excesso de dependência externa e desperdício do potencial hídrico do País.

Quem está no terreno à procura de soluções para o problema de energia, já com provas dadas, entende que Angola, em obediência às promessas do PR na Cimeira sobre o Ambiente, pretenda alcançar a cifra de 70% de energias verdes (limpas) até 2025, mas sublinha que o factor custos/benefícios sugere a construção de barragens e a recuperação de minihídricas.

Para o segundo caso, tal como indica a versão técnica, aliada a uma realidade que deu frutos no País mesmo depois da independência, seria como que "duas em uma empreitada", sendo certo que ao fornecimento de electricidade nesta ou naquela comunidade as autoridades estariam a juntar um incentivo à produção agrícola.

A recente visita a Benguela do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que esteve nos parques do Biópio e da Baía Farta, reacendeu as observações críticas, muito por conta da confirmação do valor e da modalidade de adjudicação da empreitada, nas mãos de um consórcio formado pelos portugueses da MCA Group e pelos norte-americanos da Sun África.

Ao sublinhar que Angola ainda tem nas centrais térmicas (diesel) 40% da sua capacidade de produção, o ministro Baptista Borges disse estar à vista um exemplo de mudança de matriz, com primazia para o verde, a energia limpa, mediante projectos solares.

"Vamos introduzir mais capacidade no sistema, promovendo o acesso à electricidade", assinala o governante, que vê na obra uma fase da implementação de promessas de João Lourenço na Cimeira de Glasgow, Escócia, no final de 2021.

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