O presidente do MPLA referiu o "muito que se fala" sobre o conclave do partido que governa Angola desde 1975, marcado paa 06 e 07 de Dezembro para sublinhar que o que o partido faz e decide "não deixa ninguém indiferente".

O também Presidente da República referia-se a um conjunto de notícias sobre a existência de vários candidatos à liderança do MPLA, embora este congresso não seja electivo, e a eventuais alterações aos seus estatutos, já ou no Congresso Ordinário de 2026.

"Fala-se muito e especula-se muito sobre este Congresso Extraordinário, como se os estatutos do partido não admitissem que se realize, sempre que necessário", disse João Lourenço, sublinhando que se trata do VIII com esta particularidade de ser extraordinário.

Para o líder do partido, as especulações a que se refere demonstram a importância que o partido não deixando ninguém indiferente no momento em que o MPLA analisa a sua vida interna e a situação política do país, o que fazemos sempre de forma aberta porque "o MPLA não é uma organização clandestina".

Estas declarações foram proferidas no decurso da abertura do Conselho de Honra do MPLA, que é um órgão de consulta do líder, incluindo 39 elementos, onde vai ser debatido um conjunto alargado de temas, desde a preparação do congresso extraordinário ao programa das comemorações dos 50 anos da independência nacional.

Nessa abrangente lista de temas em discussão, João Lourenço, citado pela Lusa, referiu que o MPLA precisa reflectir sobre o seu passado de luta e de vitórias, mas sobretudo sobre o rumo a seguir no futuro.

O líder do MPLA destacou, ainda citado pela Lusa, o contributo "e entrega total" dos membros do Conselho de Honra para o alcance da independência nacional, frisando que 2025 está próximo, altura em que se vai comemorar os 50 anos da independência.

De acordo com o presidente do MPLA, ao longo dos 50 anos, os angolanos souberam consolidar esta conquista da independência e soberania nacional, "abrir o país à democracia multipartidária, à economia de mercado, fazer a paz e a reconciliação nacional entre irmãos, filhos da mesma mãe, Angola".

João Lourenço salientou que os desafios de hoje estão na necessidade do fortalecimento da economia para garantir maior oferta de bens essenciais de consumo, de serviços públicos, maior acesso aos cuidados de saúde, à educação e ensino, maior disponibilidade de oferta de habitação e de emprego.

Atenção especial está a ser dada a agro-pecuária, disse, acrescentando que o Executivo tem vindo a estimular a produção nacional.

Além do programa de comemorações dos 50 anos de independência angolana, será também apresentada uma informação sobre a segurança alimentar versus produção nacional, contando com as contribuições dos conselheiros sobre estas matérias.