"O exemplo vem da Alemanha, que um ano depois vai anular o resultado das eleições", referiu o líder da UNITA no encerramento da reunião extraordinária da comissão directiva provisória do projeto político PRA-JA Servir Angola na qualidade de coordenador da Frente Patriótica Unida (FPU).

O líder da UNITA, que lamentou os resultados eleitorais de 24 de Agosto último, insistiu que a FPU ganhou o pleito eleitoral, e que o MPLA e a comunidade internacional estão conscientes.

Por isso, o político defende a revitalização PRA-JA Servir Angola, tendo em vista o fortalecimento da FPU.

O coordenador-geral do projeto político PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuku, disse que vão restruturar e dinamizar o projecto, tendo em vista os futuros desafios.

Depois de ter condenado a atitude do Tribunal Constitucional (TC), que rejeitou a legalização do projecto, o político insistiu que em 2023 vão encontrar outras formas e vias para a legalização do PRA-JA Servir Angola.

Os 200 delegados que participaram na primeira reunião extraordinária do projecto político PRA-JA Servir Angola lamentaram a subida dos principais produtos da cesta básica e a onda de greves em todos sectores da função pública, dois meses depois da realização das eleições.

De acordo com o comunicado final da primeira reunião extraordinária do projecto político, a situação social da maior parte das famílias angolanas agrava-se a cada dia que passa, estando o número de pobres a viver em condições lastimáveis.

O documento lamenta a atitude do Presidente da República, João Lourenço, que fez uma campanha para prender os seus colaboradores e amedrontar os seus adversários políticos.

Os participantes no encontro manifestaram-se preocupados, alegando que as promessas de eleições autárquicas em Angola não serão concretizadas em breve porque não seriam favoráveis ao partido no poder, por isso, a Frente Patriótica Unida vai lutar para que elas aconteçam.