A INDRA, empresa que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) deu como vencedora do concurso para dar solução tecnológica e instalação para o apuramento dos resultados eleitorais do pleito previsto para Agosto próximo, assegura, em exclusivo ao Novo Jornal, que, ao contrário das acusações que pesam sobre si em Angola, tem "organizado todos os actos eleitorais em Espanha", entre eleições "nacionais e locais". "As eleições locais de Castela e Leão, no dia 13 de Fevereiro, foram as últimas por nós organizadas e acompanhadas directamente no nosso país", fez saber a companhia em nota enviada ao NJ.

Entretanto, embora deixe exposta a sua credibilidade face à participação em eleições em solo europeu, há pouco mais de duas semanas, a companhia fez circular uma nota na qual fazia saber que quem terá participado e vencido o concurso foi a sua filial, a Minsait.

Mas, independentemente do que a INDRA diz, os partidos políticos e sociedade civil manifestam-se contra a participação de uma ou outra.

Para amanhã, 19, foi convocada, em Benguela, uma manifestação pública contra a indicação da INDRA.

O objectivo da manifestação, segundo os organizadores, é "pressionar o Estado angolano a afastar" a empresa do processo eleitoral. Os organizadores apontam o facto de a referida companhia ter sido processada judicialmente por irregularidades eleitorais em Espanha, na Argentina e no Equador como razões bastantes para apeá-la do processo eleitoral angolano, além de entenderem que a INDRA maculou todos os processos eleitorais de que participou em solo angolano.

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