À porta das quintas eleições gerais, órgãos de comunicação social, nacionais e estrangeiros, em todo o País, desdobram-se, milimetricamente, para cobrir as actividades das forças políticas concorrentes e dos actos da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

Nessa corrida, os profissionais dizem haver dificuldades promovidas pelas próprias forças políticas concorrentes e pela CNE.

Entre as queixas dos profissionais da classe, destaca-se a dificuldade no acesso à informação e a comunicação tardia à imprensa dos eventos programados.

Já em relação à CNE, os jornalistas que andam no encalço dos acontecimentos à volta do processo eleitoral lamentam o facto de aquela entidade competente para organizar o pleito eleitoral ter criado um único centro para o credenciamento dos jornalistas que pretendam cobrir o pleito, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), em Luanda, uma medida que contraria um regulamento aprovado pela CNE, que dá hipótese aos jornalistas de fazerem credenciamento nas Comissões Provinciais Eleitorais (CPE).

Ao NJ, Borralho Ndomba, jornalista angolano, correspondente da Deutsche Welle (DW), referiu não compreender a razão que levou a CNE a impor aos jornalistas que se encontram no interior de Angola a deslocar-se à capital do País para serem credenciados. Para o escriba, com a presente decisão, a CNE dá mostras de que "pretende boicotar o trabalho dos jornalistas".

"Esta decisão da CNE, que determina o credenciamento dos profissionais apenas em Luanda, dificulta o trabalho, dado que muitas redacções têm problemas financeiros e de meios de transporte. Quem irá custear as deslocações, por exemplo, dos colegas que estão no Moxico, no Kuando-Kubango, no Cunene e em Cabinda? Por que razão a CNE não instalou postos de credenciamento nas CPE?", questionou Borralho Ndomba.

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