O PR delega, através do despacho 37/18, de 02 de Abril, a coordenação da execução deste plano na ministra Ana Paula de Carvalho, "coadjuvada" pelo governador da província de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, do projecto "Luanda 2030 - Cidade inovadora", que prevê dotar a cidade com "mais infraestruturas técnicas e de equipamentos, escolas, unidades hospitalares, parques comunitários e outros", prometendo, no entanto, preservar "o ambiente e o património cultural, bem como o seu carácter urbano e identidade".

O plano, desenvolvido pela empresa Urbinvest, de Isabel dos Santos, prevê a necessidade de construção de 1,4 milhões de casas, na província de Luanda.

Antecipa ainda a "reabilitação dos espaços verdes a fim de reduzir os riscos de inundação e epidemias, a delimitação e valorização os espaços agrícolas, a optimização do uso de solo urbano", tal como a criação de uma rede integrada de transportes públicos e de um sistema de estradas "funcional e eficiente".

O projecto prevê também o realojamento e recuperação de várias zonas da capital, designadamente nas classificadas de "prioridade muito alta", por riscos de vida eminente ou indução, entre outros problemas.

O plano de intervenção determina obras em 446 quilómetros de estradas primárias e 676 quilómetros de vias secundárias.

O PDGML antecipa também a construção de um sistema de comboio suburbano com 210 quilómetros de linha férrea e 142 quilómetros de corredor para trânsito exclusivo de transportes públicos.

No despacho agora assinado pelo Presidente da República está ainda prevista a possibilidade de criação de um grupo de trabalho, constituído por técnicos especializados e apoiado tecnicamente pela empresa responsável pela elaboração do Plano Director Geral de Luanda, bem como a apresentação de relatórios quadrimestrais ao ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República.

Este plano foi aprovado no dia 28 de Fevereiro em reunião do conselho de ministros, como noticiou, na altura, o Novo Jornal Online.