MAT nega e diz que todos os brigadistas celebraram contratos temporários e que sabiam que estes ficariam sem efeito tão logo terminasse o período temporal.

Ao Novo Jornal os visados, que preferiram não ser identificados, dizem que promessas idênticas foram feitas e cumpridas aos brigadistas que trabalharam nos registos eleitorais de 2008 - 2012.

"Somos mais de 5 mil jovens brigadistas do pleito eleitoral de 2017 que receberam promessas do MAT, durante a formação e no período de trabalho, de que seriamos enquadrados na função pública tal como aconteceu com os nossos colegas nos pleitos passados. Infelizmente, para nossa surpresa, vemos o registo eleitoral oficioso a começar e nada do que nos foi prometido pelo MAT em 2017 esta a ser cumprido", contaram.

Questionado quem fez esta promessa, os denunciantes responderam que foram funcionários do MAT.

"Ficamos calmos porque os colegas que trabalharam como brigadistas em 2008 - 2012 foram de facto enquadrados nas administrações municipais. Nós, os de 2017, não fomos chamados nem enquadrados desta vez e não sabemos por que razão", acrescentam, lamentando o facto de terem sidos abandonados.

Estes jovens receberam promessas de altos funcionários do Ministério da Administração do Território de que seriam colocados tão logo os Executivo criasse os primeiros serviços do BUAP, como agora não acontece.

"Sempre tivemos esperanças que seriamos nós os contratados para os BUAP. Infelizmente não fomos chamados e nem sequer uma explicação nos foi avançada pelo MAT", expuseram os visados que asseguram serem os únicos brigadistas a trabalharem no registo eleitoral por concurso público.

MAT nega ter feito promessas

O Novo Jornal solicitou esclarecimentos ao Ministério da Administração do Território (MAT), tento o seu titular, Marcy Lopes, esclarecido que nunca houve promessas da parte do MAT aos brigadistas.

"Não sei quem fez essa promessa, mas todos os brigadistas celebraram contratos de trabalho temporário e sabiam, à partida, que os seus contratos eram para prestar serviço determinado e por um determinado período de tempo determinado. Terminado esse período os contratos ficariam sem efeito", disse.

Segundo ministro, o ingresso na função pública faz-se por concurso público e como não foi realizado qualquer concurso para o efeito, não há porquê de os brigadistas reclamarem.

Conforme Marcy Lopes, é público desde o primeiro momento que os funcionários dos BUAP são já funcionários das administrações municipais e dos distritos urbanos que têm experiência de processos anteriores do registo eleitoral.

"Essas pessoas foram devidamente formadas para saberem usar os equipamentos e prestar o melhor serviço ao cidadão neste processo de actualização do registo eleitoral oficioso", explicou o ministro.