Segundo a número 1 das pescas em Angola, o ministério que dirige está a renovar o sistema de vigilância por satélite, assim como por terra, mas isso só não basta, "é preciso a aplicação de medidas duras".
Conforme a ministra, a ideia é apreender todo o pescado não declarado capturado no mar, a favor do Estado, que só tem tido prejuízos, em função da pesca ilegal.
Cármen do Sacramento Neto destaca que as multas são coisas que os infractores ultrapassam, preferindo, na maioria das vezes, que lhes sejam passadas as multas.
Segundo a titular do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, há um número considerável de infractores que chegam mesmo a não pagar, desafiando as autoridades.
"Todo o pescado que venha para terra e que não cumpra com os requisitos de entrada para a economia, é considerado ilegal", afirmou a ministra, em declarações à Rádio Nacional de Angola, em Benguela, realçando que muitos não estão a cumprir as regras, daí defender medidas duras para os infractores.
Por outro lado, a ministra reconheceu que os meios colocados à disposição da Polícia Fiscal ficam aquém para dar a resposta de que se precisa, por isso, realça, "o Executivo vai combater a pesca ilegal com lanchas que atingem 200 milhas em duas horas".
Recentemente, Cármen do Sacramento Neto reconheceu que a falta de peixe está associada à pesca ilegal, afirmando que esta actividade tem criado, anualmente, prejuízos de cerca de 20 mil milhões de kwanzas ao Estado.