"O Secretariado do Bureau Político enalteceu a apresentação da candidatura do militante João Manuel Gonçalves Lourenço a presidente do MPLA, esperando que outros sigam o seu exemplo, reunindo todos os requisitos nos termos das normas metodológicas do conclave e do regulamento eleitoral do MPLA", lê-se no comunicado de imprensa deste órgão executivo do partido.
Os membros do secretariado do Bureau Político consideraram que o processo de candidaturas aos órgãos singulares, no âmbito do VIII Congresso Ordinário do MPLA, "vem reforçar o sentido de democratização interna no Partido".
Refira-se que a candidatura do actual presidente do MPLA, João Lourenço, à liderança do partido, foi apresentada na quarta-feira, 27, na sede do partido, pelo membro do Bureau Político do MPLA, Pedro Neto, na condição de mandatário.
A cerimónia foi presidida pela vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, que coordena a subcomissão de candidaturas da comissão nacional preparatória do VIII Congresso Ordinário do MPLA, que acontece entre 9 e 11de Dezembro.
O presidente do partido é, para já, a única candidatura apresentada à sua própria sucessão, numa altura em que o militante do MPLA António Venâncio, que manifestou a sua pretensão em candidatar-se ao cargo, continua a referir que tem "enormes barreiras" na recolha de assinaturas nas províncias para apresentar na comissão das candidaturas.
António Francisco Venâncio, militante do MPLA há 48 anos, denunciou Domingo, 24, haver "bloqueio" ao processo de recolha de assinaturas para a sua candidatura por parte de indivíduos que considera "antidemocratas".
"Há muito silêncio, inexplicável, sobre isto tudo que estamos a ver ao nível do partido", afirma, salientando que "múltiplas candidaturas constituiriam também um feito inédito" no MPLA resultando daí um reforço da democracia interna.
Sem problemas decorreu, como era esperado, o processo de candidatura de João Lourenço.
"Foi um trabalho muito aturado. É verdade que ultrapassamos as exigências, uma vez que bastavam 100 assinaturas por província. Mas isto prova bem o trabalho que foi desenvolvido para recolher as subscrições a favor da candidatura do nosso candidato", assinalou Pedro Neto, mandatário do presidente do MPLA.
Segundo Pedro Neto, recolheram um número "muito grande" de subscrições - mais de 20 mil - e acredita que também no processo de eleição vai acontecer o mesmo, uma vez que o presidente João Lourenço tem "conhecimento, militância e, acima de tudo, um projecto inclusivo para melhorar as condições do País".
Refira-se que o processo de apresentação de candidaturas aos cargos de presidente, vice-presidente, secretário-geral e primeiros-secretários provinciais do MPLA iniciou, quarta-feira, 20, deste mês e termina a 06 de Novembro.