O fim das conferências províncias, que tiveram lugar em todo o País, era a eleição de membros para os comités províncias e a escolha de delegados ao Congresso.

No âmbito da preparação do Congresso, o secretariado do Bureau Político do MPLA foi informado, segunda-feira, 22, sobre o estado de preparação do acto central do VIII Congresso Ordinário do partido que, como órgão supremo da organização, vai delinear as principais linhas de orientação política e as linhas estratégicas de desenvolvimento para os próximos anos, bem como renovar os órgãos singulares e colegiais do Partido.

O Secretariado do Bureau Político do MPLA apreciou as propostas de agendas de trabalho para a sua sexta reunião ordinária e VI Sessão Ordinária do Comité Central, encontros preliminares que terão lugar nos próximos dias.

Refira-se que Júlio Bessa foi único primeiro secretário do partido a nível provincial que não foi reconduzido nas conferências de renovação de mandatos no âmbito da preparação do VIII Congresso Ordinário do partido.

O Bureau Político do MPLA havia dado luz verde ao militante José Martins para avançar com a candidatura única ao cargo de primeiro secretário do MPLA no Kuando Kubango.

José Martins desempenhava as funções do primeiro secretário do MPLA no histórico município de Cuito Cuanavale.

Segundo apurou o Novo Jornal, o secretariado do Bureau Político do MPLA havia suspendido todas as movimentações políticas que visavam a recondução do actual governador do Kuando Kubango, Júlio Bessa, ao cargo do primeiro secretário do partido naquela província.

Dias depois, o próprio Júlio Bessa orientou os comités municipais que procedessem à suspensão de todas as actividades preparatórias para a realização da XIII conferência provincial ordinária, nos dias 06 e 07, incluindo a campanha em torno da candidatura ao cargo de primeiro secretário do partido.

O Bureau Político do MPLA não veio a público esclarecer as razões que levaram à não recondução de Júlio Bessa ao cargo do primeiro secretário do partido.

Refira-se que recentemente a Procuradoria-Geral da República (PGR) desmentiu ter instaurado procedimento criminal contra o governador do Kuando Kubango, Júlio Bessa, por alegados actos de peculato.

No documento, a instituição refere que tomou conhecimento de notícias divulgadas nas redes sociais que davam conta da abertura de um processo inquérito contra o governador Júlio Bessa mas sem fundamento.

"Por não corresponder à verdade, a pedido do interessado e por solicitação de alguns órgãos de comunicação social, somos a informar que, até à presente data, a Procuradoria-Geral da República não instaurou qualquer investigação contra o cidadão", lia-se no documento.

Esclarecia ainda que a instauração de procedimento criminal contra qualquer cidadão deve ser suportada por indícios de ocorrência de crime a serem, no caso, objecto de investigação nos termos da lei.

De acordo com informações postas a circular nas redes sociais, uma dívida de 627 milhões de dólares foi reclamada pela empresa Angoskima Lda e terá sido validada pelo governador Júlio Besa. A autenticidade da dívida foi questionada, atribuindo-se ao governador alegado desvio desses fundos em conluio com a empresa.